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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dica de Notebook: Dell Inspiron 1440


Depois de muito relutar, decidi comprar um notebook, que é bem útil para o meu trabalho como jornalista e é uma mão na roda em viagens. Sempre tive boas referências da Dell e não me decepcionei. Obtei por um modelo razoavelmente potente, que me garantisse um bom desempenho. O Inspiron 1400 conta com um processador Core 2 Duo T660 2.20 Ghz, 4 Gb de memória ram, HD de 320 GB e já vem com o Windows 7 Home Premium de 64-bit. Também vem com Wi-fi integrado, bluetooth ,webcam, gravador/leitor de CD e DVD, três entradas USB, uma saída VGA e uma para cabo de rede. 

A Dell demonstra muito cuidado no acabamento do notebook, que pesa 2,3 Kg, O material é bem resistente e as teclas são bastante agradáveis, não causando desconforto ao digitar, ao contrário de muitos notebooks que já experimentei. O trackpad não é tão desagradável, mas aconselho a utilização de um mouse.
Certamente este não é um notebook indicado para jogos, por não vir com uma placa de vídeo dedicada. Tirando este detalhe, o som é bastante potente, sem distorcer ao aumentar o volume e a definição da tela é excelente para a visualização de vídeos. Segundo o fabricante, a bateria dura cerca de três horas, mas fazendo alguns testes consegui fazê-lo funcionar em tarefas corriqueiras de internet e digitação de texto por quase quatro horas. Outro destaque é a webcam integrada,de 1,3 Mp garante uma qualidade muito boa de imagem na hora de realizar vídeoconferências. Também devo ressaltar que o aparelho é totalmente silencioso e não esquenta quase nada. Deixei ligado o dia todo e ele pouco aqueceu. A inicialização da máquina é muito rápida e o tempo entre você tirá-lo da sua mochila, ligá-lo e começar a navegar na internet é bem curto.
O equipamento vem com todos os cds e dvds de drivers e do Windows, coisa que não acontece em muitas marcas de notebook.
Se você estiver em busca de um laptop para navegar na internet, editar fotos, vídeos e criar textos, é uma excelente escolha. Já se você procura um modelo para jogos, não é uma boa dica.

Site da Dell

CNBB:Homofóbica, estúpida, intolerante e falaciosa

Acabo de ler :

O assessor da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, padre Luiz Antônio Bento, disse que a adoção por casais gays tira da criança a possibilidade de crescer em uma ambiente familiar formado por pai e mãe. "Cremos que a questão da adoção por casais homossexuais fere o direito da criança de crescer nessa referência familiar", afirmou à Folha de S.Paulo. 


A CNBB devia tomar conta dos casos de pedofilia em seus porões em vez de se meter no que não é de sua conta. Milhões de crianças são obrigadas à viverem em abrigos muitas vezes em condições precárias ou com a guarda de pais criminosos e irresponsáveis. É muito melhor serem adotadas por um casal homossexual em boas condições financeiras e que lhes dê amor e carinho do que ficar nestas condições deploráveis. Aliás, a CNBB é contraditória. Tenta proibir e impedir o acesso das pessoas aos métodos anticoncepcionais como a camisinha e depois não quer que crianças sem lar, muitas vezes que são frutos de relações sexuais irresponsáveis consigam  um.
A CNBB deveria provar cientificamente que um lar homossexual é pior para uma criança sem pais do que ficar em  um abrigo, por exemplo. Quais as garantias também que ser adotado por um casal homossexual é mais arriscado que ser adotado por um casal heterossexual, por exemplo?
Está na hora da Igreja Católica calar a boca e cuidar dos seus problemas.


Recomendo este episódio do programa Penn & Teller, que é uma série que refuta e detona várias alegações desonestas dos conservadores. O áudio está em inglês, mas dá para entender bem mesmo sem falar o idioma. Neste episódio eles provam que não há nenhum motivo para crer que uma criança criada em uma família "não-tradicional" não será feliz:











STF perde chance histórica de punir torturadores da Ditadura Militar

O Supremo decidiu, por 7 votos a 2, rejeitar uma ação impetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil que pedia uma revisão da lei de 1979. Essa revisão permitiria que os torturadores do período da Ditadura Militar fossem julgados, seguindo uma tendência internacional, como vimos recentemente na Argentina. Guardadas as devidas proporções, seria como se proibissem o julgamento dos torturadores nazistas na Alemanha.

Crimes contra a humanidade como a tortura não podem jamais deixar de serem julgados. Não há nenhum argumento racional a favor de uma decisão como esta, que é um desrespeito às memórias de todos que ousaram questionar uma ditadura antidemocrática e um governo militar ilegítimo. Na verdade esta votação do Supremo é uma vitória para todos os que lutaram contra os direitos da democracia e ainda lutam, agradando boa parte da direita raivosa, como o DEM, partido oriundo do PFL, que por sua vez veio do partido da ARENA, base de sustentação do desonesto governo militar. Anistia jamais deve ser dada à quem cometeu crimes tão hediondos, como bem lembrou o Ministro Carlos Ayres Britto.
Espero que a OAB, os parentes dos que foram assassinados e torturados pela Ditadura Militar e os grupos ligados aos direitos humanos continuem lutando para este absurdo histórico ser reparado.

Rush - Turn The Page

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Revista Time inclui presidente Lula em lista dos mais influentes líderes de 2010




O presidente Lula foi escolhido uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2010 em edição especial da revista Time divulgada nesta quinta-feira (29/4) - ver aqui (em inglês). Essa edição anual aponta os mais influentes entre líderes, artistas, pensadores e personalidades (ou ‘heróis’, como classifica a revista).
A categoria em que o presidente brasileiro aparece em primeiro lugar inclui também o presidente americano Barack Obama (4º), o primeiro-ministro japonês Yukio Hatoyama (6º) e o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh (19º). Clique aqui para ver a lista completa.
O texto de apresentação do presidente Lula no site da revista Time foi feito pelo cineasta Michael Moore. Confira abaixo a tradução:

Quando os brasileiros elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente pela primeira vez, em 2002, os capitalistas selvagens do país checaram, nervosos, os medidores de combustível de seus jatos particulares. Eles tinham transformado o Brasil em um dos lugares mais desiguais do planeta e agora parecia que tinha chegado a hora da revanche. Lula, 64 anos, era um verdadeiro filho das classes trabalhadoras da América Latina – na verdade, um dos membros fundadores do Partido dos Trabalhadores – que já havia sido preso por liderar uma greve.
Quando Lula finalmente conquistou a Presidência, após três tentativas frustradas, já era uma figura conhecida na vida nacional brasileira. Mas o que o levou à política, em primeiro lugar? Foi sua experiência pessoal de como os brasileiros têm que trabalhar duro para sobreviver? Foi ter sido forçado a abandonar a escola depois da quinta série para sustentar sua família? Foi ter trabalhado como engraxate? Foi ter perdido parte de um dedo em um acidente de trabalho?
Não. Foi quando, aos 25 anos, viu sua esposa, Maria, morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com o filho, porque não podiam arcar com cuidados médicos decentes.
Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: dêem ao povo boa assistência médica, e ele causará muito menos problemas.
E aqui está uma lição para o resto de nós: a grande ironia da Presidência de Lula – ele foi eleito para um segundo mandato em 2006, que se encerra no final deste ano – é que, enquanto ele tenta levar o Brasil ao Primeiro Mundo, com programas sociais como o Fome Zero, que visa acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação oferecida aos membros da classe trabalhadora do Brasil, os EUA se parecem cada vez mais com o antigo Terceiro Mundo.
O que Lula quer para o Brasil é o que costumávamos chamar de sonho americano. Nós, nos EUA, em compensação, onde o 1% mais rico possui mais do que os 95% mais pobres somados, estamos vivendo em uma sociedade que está rapidamente se tornando mais parecida com o Brasil.

Fonte: Blog do Planalto 

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Gente que fala cuspindo

Depois de James Cameron, Sigourney Weaver protesta contra Usina de Belo Monte



Acho extremamente patético como algumas pessoas querem aparecer. Os Estados Unidos são os maiores poluidores do mundo, os maiores consumidores de petróleo e não querem assinar os tratados internacionais pela diminuição das emissões dos gases poluidores. Ainda assim, a atriz americana de "Avatar" faz um marketing rasteiro e ordinário, protestando contra a futura usina de Belo Monte. Depois de vir ao Brasil promover seu filmeco, plantar mudas de árvores, fazer papel de gringa tapada ao lado de índios e falar uma série de idiotices, agora ela repete as mesmas estultices em Nova York.

Vejamos um trecho da matéria do Terra:

A protagonista pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a apostar em "um modelo energético do século XXI", no lugar de um projeto "com tantas consequências negativas".


A energia das hidrelétricas é extremamente limpa. Já está provado que as áreas que serão inundadas pouco afetarão os índios e todas as medidas para diminuir os impactos na natureza estão sendo tomadas. Por que essa atriz não vai questionar o país dela, que produz carros altamente poluentes? Por que ela não pede ao seu presidente Obama para assinar os tratados pela diminuição das emissões de dióxido de carbono (CO2)?
O mais lamentável foi o fato de representantes do Itamaraty receberem Weaver. Não deviam ter recebido esta demagoga, que quer criticar projetos de hidrelétricas de países em desenvolvimento mas é uma hipócrita que nunca disse nada contra seu próprio país, o maior poluidor do planeta. 
Seria melhor que ela parasse de participar de filmes também, se realmente se importa com o bem-estar da natureza. Qual será o ônus para a natureza que a gravação de um filme do porte do "Avatar" causou? Gasto de celulose, milhões de watts de energia gastos, toneladas de lixo produzido durante a produção do filme,  óculos 3D utilizados nas salas de cinema e que não são recicláveis etc.
De certo também ela mora em uma grande mansão, que não gasta pouca energia. Criticar os outros e não fazer nada pelo meio-ambiente é muito fácil. Este é o ápice da decadência na carreira de uma atriz: precisar dar palpite onde não foi chamada contra usinas hidrelétricas para aparecer na mídia.
Portanto Shut up,  Sigourney Weaver (Cale a boca,  Sigourney Weaver)!

Ótimo protesto contra as imbecilidades "musicais" do Brasil

http://www.dcstudio.com.br/animas/Antirebolation.swf

terça-feira, 27 de abril de 2010

Constituinte: Serra votou sempre contra os trabalhadores. É o lobo em pele de cordeiro




COMO SE COMPORTOU JOSÉ SERRA NA CONSTITUINTE

a) votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;
b) votou contra garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego;
c) votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;
d) votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo;
e) negou seu voto pelo direito de greve;
f) negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;
g) negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;
h) negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;
i) negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio;
j) negou seu voto pela garantia do salário mínimo real;
Fonte: DIAP — “Quem foi quem na Constituinte”;pag. 621.
Compilação: Paulo Henrique Amorim

Quem de fato é o pai dos genéricos?



Um vídeo sobre saúde do PSDB, veiculado em 2004 e ainda disponível para exibição no site do partido, afirma: não faz muito tempo que só existiam no Brasil remédios de marca, muitos caros, que não eram para todo mundo. Aí, um partido feito por gente séria e responsável decidiu mudar isso e criou os genéricos. Junto com os remédios mais baratos, criou também…
Também em 2004, num vídeo de 30 segundos, José Serra, então presidente nacional do partido, declara: o PSDB implantou os genéricos.
Desde a última segunda-feira, dia 9, inserções de propaganda do PSDB, que faz 25 anos, estão no ar. Na que aparece o governador José Serra é dito que os genéricos completam 10 anos. Ela se refere evidentemente à época em que Serra esteve à frente do Ministério da Saúde.
Vários comentaristas que postaram na reportagem Aids: Serra assume como dele programa criado por Lair e Jatene tinham certeza ou, no mínimo, desconfiavam de que a propaganda dos genéricos não correspondia à verdade dos fatos.
“Serra, pai dos genéricos? PSDB, criador dos genéricos? Assumir como deles é um embuste! Se fizerem isso de novo, eu denuncio”, prometeu há menos de um mês a esta repórter o verdadeiro pai dos genéricos, o médico Jamil Haddad, 83 anos, ex-deputado federal, ex-prefeito do Rio Janeiro e ministro da Saúde de outubro de 1992 a agosto de1993, no governo Itamar Franco. “Em política, a traição é uma norma. Só não se sabe a data.”
Serra e o PSDB reincidiram. Jamil, presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), cumpriu a palavra. Em reportagem publicada nesse sábado, dia 13, no blog Os amigos do Presidente Lula, ele detalha a história.
“Já tentei denunciar isso várias vezes na grande imprensa, mas ela faz vista grossa”, revela a esta repórter. “É só pegar o decreto 793 de 5 abril de 1993 para descobrir a verdade. Eu baixei-o junto com o presidente Itamar, criando os medicamentos genéricos no Brasil”.
O decreto 793 de 5 de abril de 1993, do Ministério da Saúde, assinado por Jamil Haddad, está aqui. A indústria farmacêutica ignorava o governo, fazia o que queria, aumentava os remédios de marca ao bel prazer. A situação tornou-se insuportável. A produção dos genéricos era o caminho. Desde 1981, aliás, a política da OMS era estimular a produção dos genéricos como alternativa para assegurar a disponibilidade de medicamentos essenciais a preços mais baixos à população. Tanto que, em 1993, já eram realidade há muito tempo em vários países, como Estados Unidos, França e Itália.
“Em 1991, o médico e deputado Eduardo Jorge [na época, no PT-SP] havia apresentado à Câmara Federal projeto propondo a fabricação dos genéricos no País”, detalha Jamil Haddad. “Em 1993, já no Ministério da Saúde, vi que o projeto continuava na gaveta da Câmara e, ao mesmo tempo, a OMS nos solicitava a liberação dos genéricos. Consultei a assessoria jurídica do Ministério da Saúde que disse não haver necessidade de a autorização ser feita por lei. Podia ser por decreto. Eu preparei-o, levei ao presidente Itamar, que assinou junto comigo.”
“Na prática, em 1999, quando a lei foi aprovada e o Serra era o ministro da Saúde, genéricos já estavam sendo fabricados no Brasil”, enfatiza Jamil Haddad. “A lei de 1999 é apenas a regulamentação do decreto que já existia. O projeto aprovado foi um substitutivo que apresentei ao do Eduardo Jorge e que recebeu uma porção de emendas. Hoje, os genéricos são uma realidade no País. Até o laboratório multinacional Merck, Sharp & Dohme, que fez campanha feroz contra mim naquela época, entrou violentamente no mercado dos genéricos, como já fazia no restante do mundo. Você acha que ia deixar de comer uma fatia desse bolo?”

Botafogo x Santos:Vitórias do Fogão









Criacionistas ignorantes dizem que o evolucionismo afirma que o homem veio do macaco:MENTIRA



A Teoria da Evolução jamais ensinou que o homem veio do macaco. Charles Darwin jamais disse tal coisa, e nenhum cientista que se preze também diria isso.

Esse é um dos mais típicos erros criacionistas: querer criticar algo que sequer conhece direito.

O ser humano não descende dos macacos. O que a Teoria da Evolução realmente diz é que o homem e os primatas possuem um ancestral comum, que não seria nem macaco nem homem. Os macacos seriam nossos primos, e não nossos avôs. Esse ancestral primata se dividiu em ramos, um para o gênero Macaca e outros, de onde saíram os chimpanzés, gorilas, macacos-prego, etc, e outro para o Homo, de onde se originaram nós, homens.

Alguns evolucionistas brincam com o fato de que somos todos macacos, sim, e de fato parecemos muito com os primatas, mas é ingenuidade e falta de conhecimento pensar que os homens de hoje evoluíram dos macacos de hoje.

Recomendo as leituras:
O homem veio do macaco?


HOMO TROGLODYTES? - APONTAMENTOS SOBRE A RELAÇÃO EVOLUTIVA ENTRE HOMENS E CHIMPANZÉS




segunda-feira, 26 de abril de 2010

O que irrita tanto a direita?

Lula discursando na ONU: respeito obtido internacionalmente

Alguns setores da mídia e alguns poucos da população gostam de desmerecer o presidente Lula. Lembram que ele não fez faculdade, que ele tem um jeito mais humilde de falar e outras coisas. O que estas pessoas ignoram é que o presidente mesmo sem ter um diploma sempre foi um excelente negociador e articulador político.Mesmo sem um diploma universitário, sempre viajou por todo o Brasil, conhecendo as diferentes e conflitantes realidades do país, descobrindo quais eram seus problemas reais e quais eram os caminhos para solucioná-los. Consegue se comunicar tanto com os mais ricos empresários tanto quanto as pessoas mais pobres. O fato de ter saído do nordeste de pau-de-arara, ter se tornado um torneiro mecânico e ter sido eleito duas vezes presidente da república incomoda algumas pessoas. Como não possuem argumentos para criticar sua carreira política, fazem um jogo sujo de acusações e bravatas contra Lula, distorcendo fatos inventando denúncias o tempo todo.
O bom de tudo isto é que o povo não é bobo e não cai nestas artimanhas sórdidas e pouco corretas contra o presidente Lula.
Os resultados do governo Lula são inquestionáveis. Exemplo:

Fundação Getúlio Vargas registra queda recorde, em 2006, do número de pessoas vivendo na pobreza. Segundo a FGV, a taxa de miséria caiu 8,47% ao ano no primeiro governo Lula (de 2002 a 2006) contra uma média de 3,14% nos dois governos FHC (de 1993 a 2002)."

Eis o cerne da questão. Um presidente sem diploma conseguiu mais resultados expressivos do que um presidente que era professor universitário e sociólogo.
Certamente as futuras gerações irão se indagar como isto foi possível, ainda mais em um país historicamente tão desigual como o nosso.

sábado, 24 de abril de 2010

Jornais e revistas deveriam ter editoriais mais claros no Brasil

Na maioria dos países, todas as mídias impressas deixam claro quem apóiam durante as eleições. Nos Estados Unidos, os principais jornais sempre avisam aos eleitores qual candidato à presidência estão defendendo. Nos EUA, os jornais New York Times e  Washington Post declararam em seus editoriais que apoiavam a candidatura de Barack Obama Isto é um grande benefício ao eleitor, que já sabe que postura pode esperar na cobertura eleitoral.

Em nosso país, somente uma revista, a Carta Capital, deixa claro que apóia uma candidata à presidência: Dilma Roussef. 
É evidente que não existe imparcialidade total na cobertura jornalística, mas por outro lado, alguns candidatos recebem melhor tratamento em alguns veículos. Por exemplo, a revista Veja sempre ignora ou dá pouco espaço para os problemas envolvendo o governo paulista. Já as denúncias envolvendo governos petistas sempre ganham páginas e mais páginas, enquanto escândalos envolvendo governos tucanos raramente podem ser lidos nesta revista semanal, como o caso da Alstom e o governo de São Paulo. Apoiar oficialmente um candidato não significa que as matérias irão propriamente denegrir os outros, mas que a linha editorial daquele veículo está mais propícia à determinada candidatura.
O Editorial da Revista ou do Jornal serve justamente para isto: sabermos qual o enfoque daquele veículo, qual a linha de pensamento do dono do jornal e de seus editores, que assuntos mais priorizam etc. Sendo assim, nada mais justo e natural de que jornais e revistas digam claramente quem estão apoiando na campanha, para assim o leitor saber qual candidato terá mais evidência naquele veículo.
Em um mundo utópico e perfeito, todos os candidatos teriam tratamento igual na mídia, com espaço igual em um jornal, por exemplo. Porém , isto nunca ocorre. O jornal X sempre vai publicar uma foto com um ângulo desfavorável ao candidato Z,  uma revista sempre vai publicar em sua capa uma fotografia do candidato Y em uma pose mais favorável, o enfoque de uma matéria no jornal no jornal W sempre vai dar destaque a um dado mais desfavorável sobre o candidato B, ignorando algo positivo sobre ele e por aí vai.
Já que isto ocorre naturalmente, é mais do que interessante para o leitor que os jornais digam claramente quem estão apoiando. Espero que a imprensa no Brasil amadureça a um ponto que isto passe a ser corriqueiro, a exemplo do que a Revista Carta Capital já faz.












Carta Capital: Sem enganar o leitor



Lula em São José-2008

Brasil: 2010 começa com aceleração do crescimento, revela indicador



A atividade econômica cresceu 7,3% no primeiro bimestre, em comparação ao período janeiro/fevereiro de 2009, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica que aponta, mensalmente, a evolução do Produto Interno Bruto (PIB).

De acordo com o levantamento da empresa de consultoria Serasa Experian, entre os destaques do bom desempenho da economia estão os aumentos dos investimentos produtivos e do consumo das famílias.

A produção industrial cresceu aceleradamente e, ainda que em ritmo menor, a agropecuária e os serviços também cresceram.

O gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, esclareceu que a expressiva evolução dos investimentos está associada à compra de máquinas e equipamentos para a modernização do parque fabril e também ao maior dinamismo da construção civil.

“Além dos projetos vinculados ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que se refletem em obras de infraestrutura, temos em andamento as construções de residências”, observou o economista.

Com base nos indicadores utilizados para os cálculos da pesquisa, Rabi prevê que o Produto Interno Bruto crescerá 6,2% em 2010. É crescimento superior aos previstos pelo Banco Central (5,8%) e pelo Fundo Monetário Internacional (5,5%).

Segundo a estimativa da Serasa Experian, neste segundo trimestre a atividade econômica tende a ser reduzida em conseqüência do fim da redução do IPI para automóveis e “pelos efeitos da política de aperto monetário (elevação da taxa de juros e dos depósitos compulsórios dos bancos)”.



Emerson, Lake and Palmer:Paper Blood e Fanfarre for the common man

El loco penal

Por Gustavo Poli



Estamos em fevereiro. Magrelo como um louva-deus, cabelos longos e escorridos… Washington Sebastián chega à sede da Policia Federal com um funcionário do Botafogo. O uruguaio de 1,93m está ali para tirar o visto de trabalho. Ao se aproximar do posto, é reconhecido pela policial que, botafoguense, comenta:

- Poxa, vê se ajuda a gente. Porque… nos últimos três anos foi só tristeza.

Washington Sebastián rebate:

- El Loco no estaba acá.

A delegada sorri. E Washington Sebastián Abreu arremata:

- Com El Loco acá… és campeón.

Dois meses depois, Washington Sebastián – ou mais popularmente El Loco Abreu – cumpriu a promessa. E cumpriu de forma inesquecível – transformando tensão em leveza. Arrumou um jeito de eternizar um pênalti – de transformar o mais objetivo e seco dos lances numa imagem perene. A sutil parábola que enganou o goleiro Bruno tirou anos de peso das costas alvinegras. E entronizou Abreu instantaneamente no panteão de um clube peculiar.

O Botafogo é um clube de extremos. Pula da tragédia para a glória num estalar de dedos. Não é preto e branco por acaso – até porque o acaso passa longe de General Severiano. O botafoguense é um pessimista que acredita no milagre. E acredita, sobretudo, que toda coincidência é um indício. Pobres de nós, pretensos especialistas, que não fomos capaz de enxergá-los.

Antes do Campeonato, o comentarista esportivo que dissesse que o Botafogo ganharia os dois turnos do Campeonato Carioca… seria internado no pinel e tratado à base de choque elétrico. O time era fraco, não tinha consistência nem elenco – e buscava se reconstruir com uma série de jogadores que não deram certo em outro lugar.

Para o olhar treinado, porém, os indícios do título improvável eram muitos. Fazia 21 anos da épica vitória maurícia em cima do Flamengo – e do fim do jejum de 21 anos sem título (num jogo repleto de referências ao número 21). O campeonato era de 2010 (olha o 21 de novo) – 100 anos depois do primeiro titulo que o clube comemorou, o de 1910, que lhe concedeu o apelido de Glorioso. No início do campeonato, após a goleada por 6 a 0 para o Vasco, um torcedor botou fogo na camisa do clube. Loco Abreu chegou – e trouxe sua superstição: usar a camisa 13. Recebeu a dita cuja das mãos de outro supertiscioso histórico, El Lobo Zagallo. Herrera, o outro atacante, também tem uma camisa off-11 – usa o numero 17. E o clube contratou Joel Santana – conhecido por seu futebol eficiente… e por sua inacreditável estrela.

Ora, direis, ouvir indícios… bom, é claro que há muito de lenda nessa sopa de números. Mas, para o Botafogo, 2010 era um oásis necessário. Nelson Rodrigues dizia que o botafoguense é um calabrês – que precisa da derrota para se realizar. Sim, mas não apenas. O Botafogo precisa do contraste – precisa do fundo do poço para o salto seguinte.

De 2007 a 2009, o Botafogo pagou um mico atrás do outro. Perdeu três decisões para o Flamengo, duas nos pênaltis. Antes da segunda derrota, veio o orangotango do pranto coletivo – que carimbou o time como “chorão”. E ainda teve mais – em 2007, a derrota das calcinhas diante do River Plate e a eliminação na Copa do Brasil – depois de um frangaço; em 2008, o cartão vermelho afanado pelo zagueiro André Luís na Copa Sul-Americana.

Todo esse peso pareceu levitar naquela bola de Abreu. Durante o campeonato, perguntei a um dirigente do clube – que aqui ficará anônimo – se o uruguaio não era limitado demais. A resposta:

- O Abreu é para as finais. Ele não sente.

Bom, bota “não sente” nisso. A marca do pênalti era uma espécie de vulcão islandês do Botafogo. Todo mundo tinha medo de passar por perto. Dois dos três títulos perdidos contra o Flamengo… foram perdidos na marca de cal. E perdidos diante de Bruno, o grande nêmesis alvinegro. O goleiro foi o melhor jogador em campo na final de 2007. E o grande responsável pelo titulo de 2009 (pegou penais durante o jogo e na disputa decisiva) .

E, bom, esse era o cenário aos 27 minutos do segundo tempo de um jogo empatado em 1 a 1. Jogo mascado. Da direita veio uma falta mal cobrada e um penal de rara infelicidade cometido pelo (quase) sempre cerebral Maldonado. Herrera havia cobrado o pênalti do primeiro tempo… logo, era de se esperar nova cobrança argentina. Mas não. Washington Sebastián pediu a bola. A tensão no Maracanã era quase palpável. Menos, ao que parece, para o dono da camisa 13.

Abreu tirou da cartola o pênalti muhamad ali – pairou como borboleta, picou como abelha – e entregou ao torcedor do Botafogo a imagem perene: Bruno, mais que enganado – desenganado – no chão… enquanto a bola de rara picardia flutuava, beijava o travessão e caía nas redes… um momento youtube instantâneo, a redenção pelo tri-vice justamente num penal. E as palavras de Abreu ecoando na mente da policial federal:

- El Loco no estaba acá.

El loco penal deixou o Maracanã direto para a galeria dos grandes gols decisivos do Campeonato Carioca. Nessa videoteca virtual, Loco Abreu pendurou seu quadro – ao lado da barriga de Renato, da cabeçada de Rondinelli, da falta de Pet, do toque de Maurício, do balaço de Cocada… de todos aqueles gols que somos incapazes de esquecer. Lá está: no dia 18 de abril de 2010, El Loco Abreu, camisa 13, bateu um pênalti sorrindo, fez seu décimo-terceiro gol com a camisa do Botafogo e ganhou um campeonato.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ronaldo e o cigarro



Li no site do Globo esporte que Ronaldo sempre foi fumante e mais do que isso, que ninguém se surpreende com tal fato. Não sei o que me deixa mais estarrecido: o pouco caso do próprio atleta com o rendimento dele, que certamente teria sido superior se ele não tivesse este vício ou o da comissão técnica do Corinthians, que tenta minimizar o fato.Não importa se o jogador fuma pouco ou muito, o cigarro sempre vai diminuir a capacidade pulmonar de um atleta. Utilizar durante toda a carreira algo notoriamente prejudicial para o seu trabalho é um descaso com o clube que o contrata e um péssimo exemplo para os torcedores e milhões de atletas que se inspiram em sua notória genialidade no campo. Ou melhor, foi um descaso contínuo com todos os times que contrataram Ronaldo. Mesmo com toda a destreza em marcar gols e arrancadas, o outrora conhecido como fenômeno teria aproveitado muito mais seu potencial se não tivesse consumido tanta nicotina ao longo de sua carreira. 
Atualmente, a combinação é mais letal ainda. Ronaldo está muito acima do peso, o que já diminui seu rendimento físico. Some a isto o fato dele fumar diariamente e talvez possamos compreender porque ele tem passado tantos jogos sem correr e com uma participação muito abaixo do esperado.

Alguns podem lembrar que outros gênios do futebol já tiveram seus vícios, como Garrincha, que era conhecido pelo seu vício na bebida. Também nada justifica tal coisa, porém hoje em dia com maior conhecimentos médicos sobre os males das bebidas e do cigarro, já eram para as drogas estarem definitivamente longe do esporte.

Aproveitando o gancho, escrevi duas vezes quando o atacante Jobson, que era do Botafogo, foi pego no anti-doping por usar crack:


O perigoso efeito das anestesias

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sugestões políticas para o cidadão



Em ano de eleição, todo mundo fica um pouco mais interessado na política. Porém, a participação dos cidadãos é fundamental o tempo todo, não somente em ano eleitoral. A maioria dos brasileiros reclama muito da política e dos políticos, mas poucos tomam atitudes para resolver os problemas. Segue uma pequena lista de coisas que qualquer pessoa pode e deve fazer, para acompanhar a vida política em sua cidade, Estado e no país:

- Visite os vereadores na Câmara Municipal de sua cidade, ou ao  menos o vereador no qual você votou. Marque uma visita ao seu gabinete, dê sugestões de projetos de lei, peça melhorias para o seu bairro etc. Se ele se recusar a lhe receber, denuncie para a imprensa. Na próxima vez, ele vai pensar duas vezes se não quiser receber um cidadão. Pegue o telefone do gabinete ou da Câmara e marque uma visita. Se não tiver o telefone, procure no site da Câmara. Exemplo: No site da  Câmara Municipal de São José dos Campos você pode encontrar os telefones dos gabinetes dos vereadores e os seus respectivos e-mails;


-Muitos prefeitos costumam realizar reuniões com a população, em centros comunitários e escolas. Se na sua cidade isso não é feito, encaminhe a sugestão para a prefeitura. Sempre que encontrar o prefeito, faça suas reivindicações. É um direito o qual você não pode abrir mão;

-Nunca esqueça em quem você votou para Senador, Deputado Estadual e Federal. Visitar estes representantes pode ser um pouco mais difícil, mas mantenha contato sempre por e-mail. A maioria costuma ter um jornal informativo do mandato, com prestação de contas, como utilizam a verba de gabinete, quais projetos de lei criaram ou aprovaram etc. Procure sempre ler este informativo, no site pessoal do deputado ou senador ou faça  um requerimento para receber mensalmente o jornalzinho;

- Acesse sempre o site da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Você poderá acompanhar as votações, os projetos de lei dos deputados e senadores, a presença deles nas Casas, pronunciamentos etc. Seja um cidadão bem informado, não dependa apenas da seção de política do jornal. Vá atrás das informações.Procure o site da Assembléia legislativa do seu estado;

- Procure entrar sempre no site do governo do seu Estado. Você poderá ter acesso à informações que dificilmente encontrará na mídia, de quebra poderá sempre ver algo suspeito;

- O Governo Federal possui o Portal da Transparência, que demonstra todos os gastos do governo, como nas áreas de saúde, educação, cultura, repasses para governos estaduais e municípios, etc. Dê uma boa navegada e veja o que tem sido feito. Clique aqui para acessar o portal;

-Sempre que souber de qualquer irregularidade, denuncie. Se você ver alguém tentando comprar votos ou fazendo boca-de-urna (propaganda no dia da eleição), o candidato ou seus funcionários estarão cometendo um crime. Faça uma denúncia no Tribunal Regional Eleitoral da sua cidade ou ao juíz de qualquer sessão eleitoral. Dois sites importantes, para buscar informações sobre este tipo de denúncia:
Site do Tribunal Superior eleitoral

Tribunal Regional eleitoral de São Paulo

Procure o do seu estado no google, bastando pesquisar por "Tribunal Regional eleitoral (nome do seu estado).

Incentive seus parentes e amigos a sempre fazerem o mesmo. Quanto mais gente for politizada e acompanhar de perto os políticos, melhor a vida política do país irá se tornar e assim maus políticos terão menos chances de cometer crimes. Nunca se esqueça que políticos são funcionários públicos e possuem o dever sempre atenderem a população com respeito, cortesia e têm a obrigação de fornecerem todas as informações que os cidadãos requisitarem.


O Analfabeto Político
Bertolt Brecht


O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.







Parabéns à nossa capital, Brasília-1960




Será que o Serra deu propina para a Veja arrumar a foto dele?

Reparem nos dentes do Zé Alagão. Foram arrumados no Photoshop. Será que o comitê de campanha do Serra deu um dinheiro para a Veja tentar melhorar a foto?

terça-feira, 20 de abril de 2010

Botafogo receberá a faixa de Campeão Carioca no Domingo, contra o Corinthians

A diretoria do Botafogo acertou com o Corinthians um amistoso, às18:30  do próximo Domingo, no Engenhão, fazendo parte das comemorações pelo título carioca. Espero que ambas as equipes escalem o que tem de melhor, principalmente o Fogão. A partida terá preços populares e o time paulista aceitou o amistoso principalmente pela receita a mais que será dada pelo jogo, ainda mais pelo fato de ambas as equipes terem o mesmo patrocinador, a Hypermarcas. Para o Botafogo, é uma chance de testar o time contra uma equipe forte de fora do Rio, aproveitando para preparar os jogadores para o Brasileirão. A estréia do Botafogo no Campeonato Brasileiro será no dia 8 de maio, contra o Santos, em casa.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Alguns números e dados do Blog



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"Costumas religiosos sem sentido: Não comer carne na Semana santa": Mais de 700 visualizações.

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FHC, o mentiroso


Em entrevista ao Canal Livre da BAND, FHC diz que é contra a privatização da Petrobrás.
Mentira:

FHC defende privatizações e diz que não é contra venda da Petrobras


Mas façamos uma justiça ao ex-presidente. Em um trecho, ele reconhece várias qualidades de Lula:

Bastidores do Botafogo revelam equipe unida e disciplinada


Neste vídeo, postado no site do Botafogo, podemos ver a dedicação que é o retrato do título alvinegro. Muita seriedade antes das partidas e sobretudo união, com os jogadores sempre se apoiando antes das partidas. Se a equipe permanecer unida e focada assim, pode ir longe no Campeonato Brasileiro.

Compromisso com o futuro-Dilma Roussef




Protagonista de um extraordinário enredo de progresso e amadurecimento, o Brasil está diante de um desafio imposto a poucos países. Manter a rota virtuosa traçada nos últimos anos ou pôr um freio às recentes conquistas sociais e econômicas? Promover o salto ainda maior, esperado por uma população que voltou a sonhar alto, ou retroceder aos passos lentos e sofríveis das duas décadas anteriores? Os que me conhecem sabem que, diante dessas indagações, eu fico com as primeiras respostas.

Não se trata de ver o país como uma escala binária entre o certo e o errado, entre o bom e o mau, entre o bonito e o feio. Trata-se de reconhecer a vitalidade de um momento definidor dos rumos do Brasil. Há vinte anos batendo às portas do clube dos países desenvolvidos, estamos a um passo de atravessar o seu umbral. Com estabilidade. Sem sobressaltos.

Poucas nações tiveram a oportunidade posta à disposição do Brasil. Estamos diante de uma versão nacional do Tratado de Kanagawa, firmado entre Japão e Estados Unidos, em 1854, que permitiu aos japoneses iniciar a grande virada em sua industrialização. Ou algo como a etapa seguinte à Guerra da Secessão nos Estados Unidos, quando norte-americanos se viram sob o acúmulo crescente de capital, expansão territorial e revolução nos transportes, a ponto de ultrapassarem os britânicos como a maior economia mundial. Talvez haja semelhança com o passo fundamental das reformas chinesas, iniciadas ao fim da década de 1970 por Deng Xiaoping, que impulsionaram a arrancada capaz de trazer à China a marca do gigante.

Resguardadas as circunstâncias históricas específicas de cada trajetória de desenvolvimento, o Brasil vive o seu momento. Sem se resignar à condição de cópia melhorada, mera reprodução de modelos importados, está construindo sua própria história, a partir das suas necessidades, singularidades e esperanças. Buscamos enterrar, de uma vez por todas, uma marca que se repetia de maneira exasperante: a enorme distância entre o falar e o fazer, entre o discurso e a realidade.

A gigantesca incorporação de grandes contingentes do povo ao mercado de consumo, por via do controle da inflação, das políticas sociais agressivas e da distribuição de renda, mostra que é hora de deixar o passado onde ele deve estar: para trás. Do mesmo modo, pode-se citar o fato de que, no governo Lula, do qual fiz parte, com muito orgulho, o Brasil rompeu a rotina histórica segundo a qual os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento crescerão quando crescerem os países ricos, e entrarão em crise junto com eles. Fomos os últimos a trafegar pelo terreno pantanoso da crise financeira internacional, e os primeiros a atravessá-lo. Repita-se: com estabilidade e sem sobressaltos. E sempre sob a proteção visível da democracia.

Não é boa política ignorar o passado. É preciso coragem para voltar os olhos aos erros cometidos, a fim de evitá-los no futuro. É assim que se constrói algo novo. Políticos que têm legítima ambição de chegar ao poder não podem fingir que caíram de paraquedas no meio da refrega. Como se não tivessem pisado em outros tapetes. Devem, contudo, uma vez esclarecido o que fizeram ou deixaram de fazer em suas trajetórias, voltar-se para o futuro e oferecer propostas ao julgamento do eleitor.

O Brasil é um país sedento de novas ideias, ávido por políticas públicas inovadoras que atendam às suas maiores carências. Quem aspira ao poder deve exibi-las, desde já, em vez de se preocupar apenas em depreciar o que está sendo feito. O salto para o futuro, em construção no presente, exige que se desatem alguns nós que nos prendem ao passado. Não há exemplo mais importante dessa imposição do que o caráter indispensável, fundamental, de uma educação de qualidade.

A educação é um dos gargalos para o desenvolvimento sustentado e para a elevação definitiva do padrão de vida dos brasileiros. O Brasil tem pressa. Enfrentará em breve – e nesse assunto não medimos o tempo por décadas ou anos, mas por meses – os desafios da sociedade do conhecimento. Precisa superar um atraso de raiz secular e, ao mesmo tempo, saltar para um futuro de acesso pleno, democrático, popular, à educação, ao ensino, à informação. Com rapidez. Sem pestanejar.

O governo Lula lançou as bases para essa nova etapa do desenvolvimento brasileiro. Retirou a política educacional de um estado de lassidão e a levou a uma mudança de paradigma. Ainda que se deva reconhecer que no governo anterior houve significativo investimento no aumento da escolaridade, no incremento do número de matrículas e na efetiva implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, na virada do milênio esses acertos se mostraram escassos para a exigência da nação. Houve negligência em relação ao ensino médio, estagnação do ensino técnico, paralisia das universidades públicas – com a duvidosa contrapartida de uma concepção privatista da educação, estimulando a criação desenfreada de escolas e faculdades particulares.

Lula reconstruiu a gestão da educação brasileira. Corrigiu a política da indiferença e estabeleceu novas prioridades – menos teóricas do que práticas, realizadas de fato ao longo de seu governo: uma política integrada de ensino, da creche à universidade; universalização da educação básica de qualidade; democratização do acesso ao ensino; garantia de permanência dos alunos na escola; superação da exclusão por classe social, etnia ou gênero; fortalecimento da relação do ensino com o trabalho; e, por último, mas, no entanto, mais importante, valorização dos profissionais da educação.

A revolução na educação brasileira não está marcada para começar no ano que vem. Começou com Lula, a partir de tudo o que havia sido construído antes dele, e a despeito de tudo o que se deixou de fazer antes que ele chegasse à Presidência. Política educacional – boa ou má – demora a mostrar resultados, e não pode ser feita aos soluços, mas como processo, caminhada constante. O espaço deste artigo, mesmo que generoso, não é suficiente para enumerar o que se fez nos últimos sete anos pela educação. A campanha eleitoral oferecerá o tempo necessário. O mais oportuno, aqui, é falar do próximo grande passo. O pulo do gato, talvez. O movimento que pode significar a diferença entre um salto para o futuro e uma volta à estagnação.

Assegurada a continuação das mudanças implantadas por Lula, a revolução evoluirá naturalmente para a ampla democracia no acesso à informação, à tecnologia, à cultura e, para usar a expressão mais contemporânea que resume tudo isso, ao conhecimento. O próximo grande passo é o pleno direito popular de acesso à internet em alta velocidade. Quanto maior a capacidade de um povo de processar informações complexas, mais conhecimento, riqueza e poder esse povo terá. A inclusão digital é uma exigência econômica, social e cultural, imprescindível para a competição entre os países e para as necessidades dos cidadãos.

Há enormes desigualdades a vencer nesse campo. Tão acentuadas ou até maiores que as que separam os brasileiros pobres e ricos em outros ramos de atividade. Mas nós temos um compromisso: superar a exclusão digital e, já numa primeira etapa, democratizar e universalizar o uso da internet de maneira massiva nas escolas públicas de todo o país. Nós temos os meios e os recursos para promover a revolução digital na educação. Teremos, inclusive, amparo legislativo, com uma lei, de autoria do senador do meu partido, Aloizio Mercadante, que prevê o uso intensivo de banda larga e a produção de material didático digitalizado em todas as escolas públicas.

Não vai demorar muito para que o Brasil seja, também, um país democrático quanto ao acesso pleno à informação. Essa revolução já começou nas escolas. E levará sua riqueza para todos os professores e estudantes do país.
*Publicado pela revista VEJA