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sábado, 24 de abril de 2010

Jornais e revistas deveriam ter editoriais mais claros no Brasil

Na maioria dos países, todas as mídias impressas deixam claro quem apóiam durante as eleições. Nos Estados Unidos, os principais jornais sempre avisam aos eleitores qual candidato à presidência estão defendendo. Nos EUA, os jornais New York Times e  Washington Post declararam em seus editoriais que apoiavam a candidatura de Barack Obama Isto é um grande benefício ao eleitor, que já sabe que postura pode esperar na cobertura eleitoral.

Em nosso país, somente uma revista, a Carta Capital, deixa claro que apóia uma candidata à presidência: Dilma Roussef. 
É evidente que não existe imparcialidade total na cobertura jornalística, mas por outro lado, alguns candidatos recebem melhor tratamento em alguns veículos. Por exemplo, a revista Veja sempre ignora ou dá pouco espaço para os problemas envolvendo o governo paulista. Já as denúncias envolvendo governos petistas sempre ganham páginas e mais páginas, enquanto escândalos envolvendo governos tucanos raramente podem ser lidos nesta revista semanal, como o caso da Alstom e o governo de São Paulo. Apoiar oficialmente um candidato não significa que as matérias irão propriamente denegrir os outros, mas que a linha editorial daquele veículo está mais propícia à determinada candidatura.
O Editorial da Revista ou do Jornal serve justamente para isto: sabermos qual o enfoque daquele veículo, qual a linha de pensamento do dono do jornal e de seus editores, que assuntos mais priorizam etc. Sendo assim, nada mais justo e natural de que jornais e revistas digam claramente quem estão apoiando na campanha, para assim o leitor saber qual candidato terá mais evidência naquele veículo.
Em um mundo utópico e perfeito, todos os candidatos teriam tratamento igual na mídia, com espaço igual em um jornal, por exemplo. Porém , isto nunca ocorre. O jornal X sempre vai publicar uma foto com um ângulo desfavorável ao candidato Z,  uma revista sempre vai publicar em sua capa uma fotografia do candidato Y em uma pose mais favorável, o enfoque de uma matéria no jornal no jornal W sempre vai dar destaque a um dado mais desfavorável sobre o candidato B, ignorando algo positivo sobre ele e por aí vai.
Já que isto ocorre naturalmente, é mais do que interessante para o leitor que os jornais digam claramente quem estão apoiando. Espero que a imprensa no Brasil amadureça a um ponto que isto passe a ser corriqueiro, a exemplo do que a Revista Carta Capital já faz.












Carta Capital: Sem enganar o leitor



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