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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Serra perde compostura, abraça discurso da ditadura militar e dá show de deslealdade

Em queda livre nas pesquisas e conduzindo uma campanha cada vez mais desorientada, José Serra parece ter perdido também toda a compostura. O candidato tucano à presidência da República tornou-se uma caricatura de si mesmo e não hesita sequer em rasgar a própria biografia. O episódio mais recente desse espetáculo melancólico de auto-destruição política é o discurso que Serra fez para militares da reserva e reformados, no Clube da Aeronáutica, no Rio de Janeiro. Serra comparou o governo Lula ao de João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964. Segundo ele, Lula construiu uma “república sindicalista”, expressão usada pelos golpistas contra o governo constitucional de João Goulart. “Eles (PT) fizeram agora uma república sindicalista. Não pelo socialismo, estatismo, mas para curtir”, disse.











Serra, cabe lembrar, era presidente da União Nacional de Estudantes (UNE) em 1964 e discursou no comício da Central do Brasil em defesa da “república sindicalista” que agora refere, criticamente, para tentar ganhar apoio de militares (ver vídeo acima). Como se isso não bastasse, Serra fez outra média com os militares e criticou a retomada da discussão sobre a Lei da Anistia. “Eles reabriram a questão da anistia, que ao meu ver é um equívoco. Uma coisa é o conhecimento do que aconteceu. A lei pegaria a gente dos dois lados”. Além disso, o candidato deu um show de deslealdade ao falar de seu companheiro de partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Indagado sobre a ausência de FHC e do Plano Real em seu programa, Serra respondeu que “esses temas não comovem a população”.


Está se transformando em uma figura grotesca e constrangedora.


Fonte.

Desmentindo José Serra

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Chloe Moretz rouba a cena em "Kick ass"


Imagine a seguinte cena: A garota acima (com o melhor visual dos mangás japoneses) entra em um edifício de negócios, chorando e dizendo que se perdeu da mãe. Os seguranças, solícitos, tentam acalmá-la. Ela coloca o revólver na boca de um deles, aperta o gatilho e rapidamente acaba com os outros. Esta é uma cena comum no filme Kick Ass.  Embora o protagonista do filme seja o atabalhoado Dave Lizewski (Aaron Johnson), quem da o tom nesta sátira às histórias de heróis é a pequena porém sagaz Chloe Moretz, no papel de Mindy Macready, a  heroina Hit girl.
A história começa Dave resolve se tornar super-herói por influência das histórias em quadrinhos e sem querer se vê as voltas com um grande traficante, Frank D´Amico (Mark Strong), que encoraja seu filho Chris (Cristopher Mintz-Plasse) a se tornar outro herói, Red Mist, para armar uma armadilha para Dave ,o qual Frank achava que estava arruinando seus negócios. Porém quem queria mesmo se vingar de Frank é o amalucado personagem de Nicolas Cage, o clone frustrado do Batman Damon Macready, cujo nome de herói é "Big Daddy,  que com sua filha Hitgirl pratica roubos e atrapalhga os negócios do bandidão Frank.
As cenas onde ela e Dave lutam contra Frank e sua gangue são sensacionais, assim como quando ela destrói seus inimigos com habilidades de kung-fu, parecendo uma mistura de filmes de Bruce Lee e Tarantino. Dave passa boa parte do filme querendo acabar com a criminalidade em sua cidade, até conseguindo algumas vezes resolver algumas coisas embora apanhe durante boa parte do filme, como quando salva um garoto de bandidos e enquanto realiza seu ato heróico as pessoas que estão perto ficam filmando com seus celulares para colocar seu espancamento no youtube.

Kick-Ass e Hit-girl

Com apenas 13 anos, Chloe Moretz demonstra que tem um grande futuro pela frente. É uma atriz extremamente carismática e espirituosa, que interpreta como uma veterana dos filmes de comédia e ação.
Sobre o protagonista Dave, é o típico nerd norte-americano. Quer atenção das mulheres, é taxado como gay boa parte do filme pela garota que ele está afim e é sacaneado pelos outros garotos na escola.
Enfim, não vou dar maiores detalhes, mas a história é engraçada, politicamente incorreta e prende sua atenção do inicio ao fim. A película tem cerca de duas horas e mesmo assim não é cansativa, coisa rara nos filmes atuais. O filme já saiu dos cinemas há algum tempo, mas é fácil de ser achado nas locadoras ou se você  tem o hábito de fazer downloads de cópias genéricas, em sites que compartilham filmes na internet.



Trailer:

Vamos falar de biologia:A aranha mergulhadora



Aqui está um grande prodígio da evolução.
As aranhas mergulhadoras, ou Argyroneta aquática, são dos animais mais impressionantes do planeta. Essas aranhas respiram ar como os outros artrópodes, mas vivem a maior parte das suas vidas debaixo da água. O truque dessas aranhas é o seu sino de mergulho.
Para construir o sino de mergulho, a aranha primeiro forma uma plataforma de teia debaixo da água, geralmente ligada a uma planta. Ela então carrega bolhas de ar para baixo da teia, na parte de baixo do seu corpo, soltando-as debaixo da teia para gradualmente construir um bolsão de ar estável; a teia impede que as bolhas de ar subam à superfície. A aranha se aventura a sair para capturar peixes, girinos e outros animais que vivem nos lagos, trazendo-os de volta para o sino. Elas também acasalam, colocam ovos e criam os filhotes no sino.
Fonte.

Jorge Kajuru tem medo de críticas



Tentei publicar, na área de comentários do blog deste jornalista, o link onde eu rebato suas afirmações caluniosas sobre o Bolsa Família e seus beneficiários. Ele não aprovou o comentário. Será que ele tem medo que seus leitores vejam o quanto ele foi leviano em suas afirmações? Será que ele apenas quer que seus leitores fiquem bajulando-o, sem que ninguém veja o como ele foi falacioso e desonesto em seus argumentos?
Link da resposta:

http://aureliojornalismo.blogspot.com/2010/08/kajuru-apela-para-desonestidade-ao.html

sábado, 28 de agosto de 2010

Kajuru se equivoca ao criticar o Programa Bolsa Família



O jornalista Jorge Kajuru apelou para o senso-comum e para a falta de argumentos, no programa do Raul Gil, ao criticar o governo Lula. Ele alegou que preferia "mais educação no país" do que o Bolsa Família. Educação? Ora, o governo federal criou 14 novas universidades federais, escolas técnicas profissionalizantes, criou o Prouni levando mais de 714 mil pessoas à universidade particular etc. Como falar que o governo Lula não investiu em educação?  Kajuru é um jornalista pouco informado. Ele também utiliza argumentos falaciosos, já que o programa Bolsa-Família nunca impediu que o governo Lula investisse em educação. Será que Jorge Kajuru se informou? Obviamente que o governo federal sempre precisa investir mais na educação, mas isto não tira a importância do Bolsa Família e outros programas de transferência de renda.Educação também precisa receber investimentos dos Estados e dos Municípios, é bom lembrar. Mas políticas de transferência de renda e de investimentos em educação não são mutuamente excludentes.
Aliás, uma das condicionais do BF é que as crianças estejam matriculas na escola para que a família receba o auxílio. Falando nisto, uma notícia que  ele não leu:



Segundo o Ministério da Educação, exigência da frequência às aulas por parte do Bolsa Família faz toda a diferença. No ensino médio, a aprovação dos beneficiários do programa é maior do que a média nacional (81,1% contra 72,6%). No ensino fundamental, os números são similares (80,5% de beneficiários aprovados contra 82.3% da medida nacional). Os indicadores de abandono no ensino fundamental também revelam um impacto positivo: 3,6% dos beneficiários deixam a escola, contra 4,8% da média nacional. Já no ensino médio, o índice de abandono é de 7,2% entre os beneficiários, enquanto a média nacional é de 14,3%.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério da Educação divulgaram novos dados revelando que o Bolsa Família tem um impacto positivo na trajetória educacional dos beneficiários do programa. Ao observar os índices de aprovação e abandono escolar dos estudantes da rede pública de ensino, o Ministério da Educação verificou que a exigência da freqüência às aulas por parte do Bolsa Família faz toda a diferença. 

Segundo pesquisa realizada pelo ministério, no ensino médio, a aprovação dos beneficiários do Bolsa Família é maior do que a média nacional (81,1% contra 72,6%). No ensino fundamental, os números são similares (80,5% de beneficiários aprovados contra 82.3% da medida nacional). Os indicadores de abandono no ensino fundamental também revelam um impacto positivo: 3,6% dos beneficiários deixam a escola, contra 4,8% da média nacional. Já no ensino médio, o índice de abandono é de 7,2% entre os beneficiários, enquanto a média nacional é de 14,3%.



As pessoas não recebem o Bolsa Família por serem preguiçosas e sim por em muitos locais viverem em bolsões de pobreza, sem perspectiva de emprego. Kajuru disse que crianças criadas com o BF vão morrer de obesidade e burrice. Isso é ofensivo e ultrajante contra as pessoas que precisam de ajuda do governo. Como falar para alguém procurar emprego ou estudar se não tem o que comer e não tem forças para a nada?
Kajuru deveria ir até o sertão do nordeste, em lugares historicamente pobres, para ver se é simplesmente fácil falar em educação para quem não tem o que comer.
Cursos profissionalizantes para quem recebe o BF existem, assim como 2 milhões de famílias já abriram mão do benefício ao conseguirem emprego.

Ao falar sobre os institutos de pesquisa, Kajuru afirmou que estes dão 90% de aprovação a Lula. Mentira. Lula tem 78% de aprovação. Desacreditar as pesquisas eleitorais sem provas de que eles mentem também é algo irracional e, podemos falar, birrento. Quais as provas ele tem de que todos os institutos mentem?
Nenhuma. A argumentação dele é muito pobre. Ele pergunta para a platéia "quem já foi entrevistado pelo ibope?". Ninguém responde positivamente, mas isto não prova absolutamente nada. A platéia não corresponde ao universo entrevistado pelos institutos de pesquisa, por ser uma amostra muito pequena de pessoas. É uma argumentação com a falácia da incredulidade.

 É como se o TSE (Tribunal Superior eleitoral), todas emissoras de TV e todos os partidos políticos, que contratam pesquisas quantitativas e qualitativas estivessem sendo enganados há décadas pelos institutos de pesquisa e ele, "brilhantemente", tivesse descoberto que todos os institutos mentem e simplesmente forjam as pesquisas. Isto não é jornalismo de verdade, é pseudo-jornalismo, pois não há apuração e averiguação dos fatos. Kajuru obviamente não entende nada de metodologia de pesquisa científica. Quer apenas reforçar o senso-comum de apelar para a platéia, usando um argumento pouco correto e no estilo " eu não conheço ninguém que tenha sido entrevistado pelo Ibope, logo todas as pesquisas de opinião são falsas". Claro que erros de metodologia podem ocorrer e discrepâncias podem acontecer eventualmente, mas daí passar para a afirmação de que todos os institutos mentem é uma falácia. Talvez ele esteja apenas sendo dissimulado e com vontade de aparecer.

Se Kajuru tem alguma prova de que os institutos estão forjando as pesquisas e miraculosamente enganando o TSE e todos os partidos, ele devia apresentar uma denúncia no Ministério Público, levando suas provas. Mas  ele não tem nenhuma prova para embasar suas acusações e ao que parece quer apenas aparecer e polemizar. É uma pena que um jornalista que já teve um bom programa de esportes na Rede TV! agora precise disto: mendigar atenção em programas popularescos e de baixo intelecto para fazer acusações vazias.

Ele afirmou no programa que Lula mandou fechar sua rádio. Ora, quem manda fechar a rádio é o Ministério das Comunicações e não o presidente da república. No mais, será que a rádio de Kajuru não tinha irregularidades? Várias rádios são fechadas por falta de registro, interferência em outras faixas de comunicação etc, nunca por censura, como ele insinuou.




Por fim, exemplos de algumas coisas feitas na área da educação pelo Governo Lula:


Lula inaugura escolas técnicas no Rio
Quinta-feira, 05 de março de 2009 - 15:00


Cabo Frio – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou, nesta quinta-feira, 5, três escolas técnicas federais no Rio de Janeiro. Duas são campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, localizados nas cidades de Duque de Caxias e Volta Redonda. A terceira escola, que fica em Cabo Frio, faz parte do instituto federal fluminense.






Nesta sexta-feira, 6, ele inaugura quatro escolas técnicas federais no Espírito Santo. As escolas, localizadas nas cidades de Linhares, Aracruz, São Mateus e Nova Venécia, são campi do Instituto Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Espírito Santo.






O investimento total nas três unidades do estado do Rio de Janeiro será de R$ 16,5 milhões. Juntas, trarão 3,6 mil vagas em cursos de educação profissional para o estado. No Espírito Santo, as obras custaram R$ 22 milhões. Juntas, as escolas trarão 4,8 mil vagas em cursos de educação profissional.






As inaugurações fazem parte do cronograma de entrega de escolas técnicas federais que marcam o centenário da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica. Serão entregues este ano 100 novas escolas, oferecendo educação profissional gratuita a estudantes do ensino médio e superior. Em cada escola, o investimento total é da ordem de R$ 5,5 milhões. O custeio anual de cada uma das instituições é de R$ 3,3 milhões por ano.


Lula inaugura 78 escolas federais de educação profissional
01 de fevereiro de 2010 • 17h49 • atualizado às 18h40


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (1º) da inauguração simbólica de 78 escolas federais de educação profissional, para ensino médio e curso superior técnico, licenciatura (química, física e matemática) e pós-graduação. As escolas ficam em diversas regiões do país e 32 já estão em funcionamento. As demais entrarão em atividade a partir de março.


Segundo o Ministério da Educação (MEC), até o final do ano, o país terá 380 escolas técnicas com mais de meio milhão de vagas disponíveis.


Na avaliação do pesquisador em educação e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Gaudêncio Frigotto, o governo reagiu positivamente sob a ameaça de um "apagão educacional", no qual setores em expansão da economia temiam a falta de mão de obra qualificada, como, por exemplo, o setor petrolífero, mineral e da construção civil.


Ele, no entanto, assinala que a oferta de cursos profissionalizantes deve ser feita sem perder a qualidade do ensino. "É uma iniciativa muito importante, resta saber se a qualidade que o ensino técnico federal já tinha será mantida. Se sim, excelente", comentou.


Frigotto também espera que os cursos profissionalizante "não enfoquem apenas o mundo do trabalho", disse fazendo referência à formação técnica e humanista dos estudantes.


A mesma preocupação manifestou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão. "Tem que ser uma formação ampla de qualidade, que atenda à juventude. Um ensino não apenas para treinar, mas que proporcione um abordagem que prepare o cidadão."


De acordo com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Moreira Pacheco, a abertura de novas escolas técnicas não atende apenas às demandas de mercado, mas toda a cadeia de arranjos produtivos locais.


Segundo ele, a criação das escolas é "baseada em diagnósticos locais", feitos por meio de audiências públicas. O resultado, de acordo com o secretário, é que há uma grande empregabilidade das pessoas (índice de 75% dos egressos) e a maioria dos formados acaba trabalhando em um raio de 50 quilômetros da escola técnica.


Segundo o MEC, até o final do ano os investimentos no ensino técnico terão atingido R$ 1,1 bilhão.


Para quem recebe o Bolsa Família:


Beneficiários do Bolsa Família participam de cursos profissionalizantes




A articulação de ações entre o poder público e o empresariado local em torno de cursos profissionalizantes para beneficiários do Programa Bolsa Família - coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) - tem obtido resultados positivos em Nova Lima, município da grande Belo Horizonte (MG). No final de 2008, duas turmas – uma, de formação básica para cozinha profissional, e outra, de mecânica para motos e autos – foram finalizadas. Mais de 50 pessoas receberam qualificação profissional e passaram a ter chances reais de conquistar um emprego.







'Programa Próximo Passo é saída do Bolsa Família', diz Lula
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que o Programa Próximo Passo do governo federal funciona como uma porta de saída para beneficiários do Bolsa Família. "Estamos formando as pessoas do Bolsa Família e arrumando emprego para elas", disse, em seu programa semanal Café com o Presidente.


Na semana passada, Lula participou da cerimônia de formatura de 1,2 mil alunos do Próximo Passo na área de construção civil. O objetivo, segundo ele, é que esses trabalhadores sejam empregados em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e no Minha Casa, Minha Vida.


Por fim, Kajuru é duas caras. Chamou Raul Gil de "imbecil" em seu programa e agora vai ao programa dele?


Serra agora é uma vivandeira de quartéis

É o silêncio dos culpados, é a mente de quem se entregou de corpo e alma, se é que este sujeito tem uma, a tudo o que condenava e criticava antes que a sua ânsia de poder o transformasse numa alma penada.
José Serra, aquele que falou faz dois dias em liberdade de imprensa e nos perigos da censura lulista aos meios de comunicação, exigiu que seu encontro, hoje, no Clube da Aeronáutica, fosse fechado à imprensa.
“A assessoria de imprensa do Clube da Aeronáutica afirmou que o fechamento do evento à imprensa foi a pedido da assessoria do candidato. “Eles estabeleceram as regras do jogo. Eles pediram. Nós queríamos que fosse aberto”, afirmou o assessor do clube, coronel Paulo F. Tavares.”, registrou o IG.
Por que, Serra?
Foste lá pedir um golpe contra a vontade popular que te repudia e consagra Lula e Dilma? Foste falar do esquerdismo perigoso? Da república sindicalista? Do que os golpistas de 64 usavam contra a legítima expressão eleitoral de um povo que não quer ser escravo das elites a que você agora serve?
Você não apenas matou o jovem Serra, seu “Zé” de araque, você pisoteou até a sombra do que você já foi um dia.
Vamos ver o que dirão de você os mervais, os jabores, os milleniuns. Vamos ver se a tua censura, se o teu autoritarismo, se os teus golpes baixos, tuas mentiras, tuas favelas falsas, tua sordidez vai merecer uma palavra de condenação.
Não vai, Serra, o povo brasileiro já decidiu o teu destino. E é bem quente por lá.

Richard Dawkins dá um golpe de misericórdia no "Design Inteligente"

Versão moderna do criacionismo, o "Design inteligente "propõe que toda a vida na Terra foi "projetada" por um ser superior. O biólogo Richard Dawkins demonstra no livro " O maior espetáculo da Terra" como é fácil refutar as afirmações dos proponentes do DI.
Aqui estão alguns trechos:


Capítulo 10-A árvore de parentesco
Sobre os problemas da evolução da visão:

Os “fios” que ligam as foto-células ao cérebro percorrem toda a superfície da retina , e com isso os raios luminosos precisam atravessar um tapete de fios reunidos em massa antes de atingir as foto-células. Isso não faz sentido.E fica ainda pior. Uma conseqüência de as fotocélulas apontarem para trás é que os fios que levam seus dados precisam dar um jeito para atravessar a retina e voltar ao cérebro. O que eles fazem, no olho dos vertebrados, é convergir todos para uma abertura específica e mergulhar através dessa passagem. A abertura cheia de nervos é chamada de ponto cego porque é cega, mas “ponto” é um termo lisonjeiro, já que ela é bem grande; está mais para um trecho cego o que também nos causa grande inconveniência graças ao software do cérebro, o nosso“Photoshop” automático. Mais uma vez, é caso de devolução, pois não só é um projeto malfeito, é o projeto de um completo idiota.



Páginas 332-333


Capítulo 12-Corridas armamentistas e teodiceia evolucionária





Um aspecto das corridas armamentistas que pode preocupar os entusiastas do design inteligente é a pesada dose de inutilidade que as onera. Se é para postular um criador do guepardo, ele evidentemente há de ter empregado todo o seu engenho como projetista na tarefa de elaborar um supremo matador. Um vislumbre desta máquina de correr não deixa dúvidas. O guepardo, se vamos falar em design, é esplendidamente projetado para matar gazelas. Mas o mesmíssmo designer também se desdobrou o quanto pôde para projetar uma gazela magnificamente equiparada para escapar desses mesmos guepardos. Afinal de contas, do lado de quem o designer está? Quando vemos músculos poderosos e a espinha flexível do guepardo, temo que concluir que o designer quer que esse felino vença a corrida. Mas quando olhamos a gazela galopando, fintano e saltando veloz como um relâmpago, chegamos à conclusão posta:Será que a mão esquerda do criador sabe o que faz a mão direita? Será ele um sádico que os deleita com o esporte de espectador e vive aumentando aparada para os dois lados a fim dar mais emoção à caçada? “Ele que fez o cordeiro, fez a ti”?
 Será mesmo parte do desígnio divino que o lobo e o cordeiro pastarão juntos e que o leão comerá palha como o boi? Nesse caso, o que explica os formidáveis dentes carnívoros, as garras assassinas do leão e do leopardo? Para que a assombrosa velocidade e a ágil arte de fuga do antílope e da zebra?
Páginas 358-359

Paulo Henrique Amorim detona José Serra

Serra odeia imprensa


José Serra (PSDB) fez palestra esta tarde no Clube da Aeronáutica, no Rio, para militares da reserva e membros dos clubes militares. Mas o candidato proibiu a entrada da imprensa, censurando o trabalho dos jornalistas.

Apesar de credenciados pelo Clube da Aeronáutica, os jornalistas presentes foram avisados pela assessoria de imprensa de Serra de que o encontro, de natureza pública, "seria fechado".

A assessoria de imprensa do Clube da Aeronáutica afirmou que o fechamento do evento à imprensa foi a pedido da assessoria do candidato. “Eles estabeleceram as regras do jogo. Eles pediram. Nós queríamos que fosse aberto”, afirmou o assessor do clube, coronel Paulo F. Tavares.

Com o ato, Serra jogou no lixo seu discurso feito no Congresso Nacional dos Jornais, defendendo a liberdade de imprensa, quando afirmou "ser contra qualquer restrição à atividade jornalística". Naquela ocasião, após o discurso, ele já havia se recusado a responder três perguntas de repórteres.

Agora fica a pergunta: que tipo de conspiração Serra quis apresentar aos militares, que a população brasileira não possa ouvir? (Com informações do portal Ig)


Blog do Saraiva.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pausa para o riso:Chico Anysio




Dossiê e garupa: oposição insiste em teses furadas contra Dilma



Os partidos que gravitam hoje em torno da candidatura oposicionista de José Serra (PSDB) possuem
políticos experientes. Usando uma metáfora muito repetida pelo presidente Lula, podemos dizer que são gente que esteve no governo nos últimos 500 anos. Mesmo assim, na atual disputa eleitoral, é risível a maneira equivocada e amadora como a oposição tenta sustentar seu candidato e atacar a favorita nas pesquisas, Dilma Rousseff.

por Cláudio Gonzalez
Nesta semana, duas teses, baseadas em "acusações" pra lá de furadas, foram repetidas mais uma vez pela direita e pela mídia aliada para tentar conter a sangria desatada que enfraquece a oposição. Lançaram mão dos recorrentes temas dos "dossiês" e da “garupa”. Tentam debitar na conta da campanha governista os supostos vazamentos de dados fiscais de lideranças tucanas e, mais uma vez, o candidato José Serra andou espalhando que Dilma não teria autonomia como presidente e governaria "na garupa" do presidente Lula.

Tese furada 1: dados fiscais seriam usados para compor dossiês contra a oposição

Os oposicionistas continuam encantados com a façanha midiática que, em 2006, ajudou a provocar o segundo turno nas eleições presidenciais com a divulgação de imagens da montanha de dinheiro apreendido das mãos dos "aloprados" petistas que pretendiam comprar um suposto dossiê anti-tucanos. Este encantamento, que não resiste a um minuto de realidade concreta, é a única explicação para justificar a insistência dos tucanos e da mídia neste tema dos supostos dossiês. A oposição quer porque quer que acreditemos que uma tentativa de chantagear os adversários estaria por trás da quebra de sigilo fiscal de ilustres figuras do tucanato. A quebra teria sido feita por algum funcionário da Receita Federal. O assunto está sendo investigado pela Polícia Federal e pela Corregedoria Geral da Receita. Ontem, a Receita informou que além da declaração de imposto de renda de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB, também teriam sido consultados, sem motivação legal, os dados do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros e do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira, além de dezenas de outros nomes, a maioria sem ligação com a política. Um detalhe: os nomes citados acima são de tucanos que ficaram milionários durante o governo Fernando Henrique e são suspeitos de envolvimento em casos de corrupção envolvendo o processo de privatizações.

Não há espaço na atual disputa presidencial para o uso de dossiês. O PT aprendeu com a experiência traumática de 2006 que usar deste artifício contra os adversários é dar um tiro no próprio pé. Tanto que no comando da campanha de Dilma, desde o início da pré-campanha a ordem é rejeitar qualquer denúncia baseada em dossiês ou dados obtidos de forma escusa. Dilma lidera a disputa eleitoral sem fazer uma única acusação ao seu adversário no campo da ética. Sendo assim, os únicos que poderiam lançar mão de dossiês na campanha seriam os próprios oposicionistas, com ajuda da mídia.

Até o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, tratou de desqualificar a tese oposicionista. A Folha o procurou numa clara tentativa de usar a fala do ministro para legitimar a "denúncia" da oposição. Mas Mello não correspondeu às expectativas. Ele afirmou que a quebra de sigilo fiscal de adversários políticos é "golpe baixo", algo que, segundo ele, "não há espaço no campo eleitoral". E emendou: "Eles (a campanha de Dilma) não precisam disso. Parecem estar em situação confortável". Apesar da declaração, a Folha editou a entrevista dando a entender que Mello acusou os petistas de "golpe baixo".

O eleitorado, que não é bobo, já percebeu qual é o jogo da oposição e simplesmente está ignorando o assunto. Não há nenhum resquício de impacto deste tema "dossiê" na decisão de voto dos eleitores. Somente na internet, e mesmo assim restrito a alguns sites e blogs pró-oposição, é que o assunto ganha algum fôlego ao ser brandido por militantes direitistas mais empedernidos. Fora dos limites virtuais da grande rede, o povão não está dando a mínima pelota para este tema.

Apesar de o tema ter impacto zero na decisão do eleitor, a campanha governista não está disposta a levar desafora para casa. O comando da campanha de Dilma vai entrar com duas ações na Justiça contra José Serra por injúria e difamação. Além disso, o PT pedirá à Polícia Federal que apure como o vazamento dos dados foi parar na imprensa. Há suspeitas de que sejam os próprios oposicionistas que vazaram os dados sigilosos para a mídia.

Campanha de Dilma vai processar Serra

Ao anunciar ontem os processos contra Serra, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, disseque tanto o principal adversário de Dilma quanto o PSDB têm "indignação seletiva" e constroem "factóides". "Essa indignação externada pelo PSDB é seletiva, uma vez que episódios semelhantes e em datas muito próximas ocorreram, no ano passado, contra filiados ao PT e instituições da República", acusou Dutra. Com o dedo apontado na direção do tucanato, o petista não parou por aí. "Nossos adversários mostram carência de projetos e ficam agora tentando construir factóides e armações", afirmou.

Coordenador da campanha de Dilma, Dutra fazia referência à violação do sigilo fiscal da Petrobrás e ao vazamento da declaração do Imposto de Renda de diretores da estatal, em meados do ano passado. A lista incluía o então diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Guilherme Estrella, filiado ao PT.

"À época, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi à tribuna apresentar esses dados como motivo para turbinar a CPI da Petrobrás", afirmou Dutra. "Se fôssemos irresponsáveis, como têm sido o PSDB e o seu candidato, afirmaríamos que todos aqueles vazamentos foram construídos de comum acordo com o PSDB para criar a CPI."

A presidenciável Dilma Rousseff também criticou os tucanos. Questionada sobre o assunto em uma coletiva à imprensa no aeroporto de Salvador-BA, a candidata declarou trata-se de uma acusação sistemática que somente prova o desespero (da oposição). "Sistematicamente, eles vem acusando sem provas e usam factóides para afetar nossa campanha", afirmou.

Tese furada 2: Dilma na garupa de Lula rende votos para Serra

Ainda nesta quinta-feira (26), José Serra provocou a manutenção, na pauta da imprensa, de uma outra tese furada que ele havia levantado inicialmente durante a entrevista que deu ao Jornal Nacional, da Rede Globo. O tucano reafirmou que Dilma, se eleita, governaria sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o tucano, "isso não pode acontecer".

"Candidato não pode ter duas caras. Não se terceiriza comandos. É imaginativo pensar que o Brasil pode ser governado pelo Lula fora do governo. Isso não existe. Não se governa da garupa", afirmou Serra ao destacar que os eleitores precisam ficar atentos e saber diferenciar o presidente da candidata apoiada por ele.

Algum marqueteiro com um pouquinho mais de astúcia que o de Serra precisa explicar ao presidenciável tucano que esta tese da garupa é um tiro pela culatra. As pesquisas, todas elas, mostram claramente que os brasileiros aprovam o atual governo e creditam à figura do presidente Lula os êxitos alcançados. Portanto, dizer que uma determinada candidata poderá governar tendo o presidente Lula como conselheiro só pode render votos para esta candidata. É tão óbvio que chega a ser risível ver políticos experientes como Serra repetirem a "tese" da garupa como se isso fosse tirar votos de Dilma.

Aliás, vale lembrar que o próprio candidato tucano tentou pegar uma carona na "garupa" do presidente Lula ao exibir e elogiar o presidente em várias peças da campanha de Serra no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV.

O povo faz história




Delúbio Soares (*)

“A elite do Brasil é o seu povo”

Santiago Dantas

No momento em que o Brasil se reencontra com seu destino de grandeza e vive um dos melhores momentos da nacionalidade, com o resgate de sua auto-estima e a superação de problemas que afligiram nosso povo por séculos, é bom registrar algumas impressões sem o receio de parecer ufanista ou distante da realidade.

Poucos foram os povos que conseguiram realizar transições políticas tão radicais e mudanças sociais tão profundas sem traumas ou conflitos. O brasileiro é um deles. Para muito além do “homem cordial”, identificado pelo talento de um de nossos mais brilhantes intelectuais, Sérgio Buarque de Hollanda, meu companheiro na fundação do Partido dos Trabalhadores, existe, também, um homem cosmopolita e dotado de um humanismo invejável.

Onde povos se perderam em conflitos estéreis e tingiram de sangue suas histórias pátrias, nós nos reencontramos em concertações políticas, eleições democráticas, Assembléias Constituintes, transições pacíficas do autoritarismo para a democracia. Onde países perderam anos ou décadas envoltos em guerras civis, nós fomos construindo o futuro. Tivemos interregnos, é verdade. Purgamos ditaduras, suportamos presidentes sem voto, conhecemos a brutalidade de regimes de exceção. Mas o Brasil, em verdade, nunca saiu menor ou retrocedeu em sua história. Nem sempre por obra de governantes, com as honrosas exceções de praxe (Getúlio em seu governo democrático, JK em seu furacão desenvolvimentista e Lula no comando de uma revolução social e econômica que transformou a face do país), mas por ação do agente principal de nossa história: o brasileiro.

Fico a me perguntar em que outro recanto do mundo um povo abre os braços com tanto carinho e solidariedade recebe nossos irmãos judeus e árabes, japoneses e espanhóis, italianos e chineses, coreanos e russos, ucranianos e poloneses, e constrói esse país fraterno e pluralista? É raro. E, talvez, como no Brasil, em mais nenhum.

Qual país tem em sua formação racial componentes tão múltiplos, tão nobres, tão belos, onde fatores históricos uniram o colonizador europeu, o índio, o negro, o emigrante, e dessa junção de raças, credos, idiomas, culturas, surgiu um povo no qual os traços mais evidentes são a alegria, o talento, a garra, a bondade e um profundo sentimento de solidariedade e respeito aos seus semelhantes? Se outras riquezas não tivéssemos em nosso território continental e abençoado, essa já nos bastaria para justificar o sucesso que se projeta em nossa vida nacional.

Foi essa força que vem do povo, das raízes de nossa gente, do Brasil profundo, das entranhas de uma Nação que se recusa a não cumprir senão o seu destino de grandeza e protagonismo no concerto das grandes Nações do mundo, que impulsionou o Brasil e o recuperou em menos de sete anos do extraordinário governo do presidente Lula. Não houve mágicas, nem milagres. Um avatar escolhido pelo destino não nos salvou. Foi o Brasil que se salvou a si mesmo, ao buscar em sua formação histórica, na fortaleza de seu povo e na dignidade de sua gente, a solução de seus problemas. O Brasil deixou de pedir licença para ser o grande país que sempre foi, mas que se recusava a assumir perante o mundo a defesa de seus direitos. Recusamo-nos a continuar como país de segunda classe ou republiqueta desprezível. Ao invés de um chanceler tirando os sapatos para ser revistado num aeroporto norte-americano, como no governo de FHC, vimos o presidente dos Estados Unidos celebrando as qualidades pessoais do presidente Lula: “Ele é o cara!”

Somente um povo iluminado poderia operar uma transição entre o autoritarismo político e a democracia plena sem uma gota de sangue. Somente um povo extraordinário conseguiria realizar a proeza de levar um líder como Lula ao poder e dar-lhe a necessária sustentação e apoio para que ele realizasse as reformas profundas no tecido social e econômico de um país que se encontrava a beira do colapso, após três quebras consecutivas, desacreditado perante o mundo e sem auto-estima alguma.

Sinto imenso orgulho do Brasil e dos brasileiros no momento em que nossa economia vive o seu melhor momento e os mercados se abrem para o Brasil. Faz poucos dias o nosso PIB ultrapassou o da Espanha e já somos a oitava economia mundial. Estamos, portanto, a um passo do G7 e poderemos nos sentar entre as maiores potências mundiais para decidir questões fundamentais para a economia, o meio-ambiente, a paz do planeta. Não será nenhum favor, mas o reconhecimento de uma conquista do povo que resolveu assumir o papel que lhe estava destinado faz décadas, talvez séculos.

Esse povo não está olhando para trás. Está olhando para muito além do futuro próximo. Os brasileiros estão vendo algo que parte da elite dirigente, a classe política, a grande imprensa ainda não viu. O povo, por intuição divina ou pelo sofrimento que o dota de imensa clarividência (ou pelos dois), vê mais e vê antes. Por isso, faz a história.

(*) Delúbio Soares é professor

A praga dos pedágios



A sanha arrecadatória do governo tucano não tem limites. O PSDB e o DEM, que governam o Estado de São Paulo há 16 anos, penalizam o cidadão paulista com o IPVA mais caro do Brasil e as maiores tarifas de pedágio do mundo. Enquanto no restante do Brasil existem 113 praças de pedágio, somente no Estado de SãoPaulo foram instalados 112 pontos de cobrança, desde o início das concessões rodoviárias em 1998. É um pedágio novo a cada 40 dias.

E, a partir de 1º de julho, viajar pelas estradas paulistas vai ficar ainda mais caro. Por autorização da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), os reajustes vão variar de 4,18% a 5,21%. Ao contrário do que muitos pensam, mesmo quem não tem carro ou não circula pelas estradas estaduais acaba pagando pedágio, indiretamente. O custo da tarifa acaba sendo repassado pelas empresas aos produtos, serviços e o transporte coletivo, atingindo toda a população.

Os pedágios afetam diretamente os moradores de 242 municípios paulistas cortados por estas rodovias. Quem precisa ir de Americana a Campinas, diariamente, vai gastar R$ 78,40 por semana. Já quem vai de Americana a São Paulo de segunda a sexta-feira, por exemplo, terá uma despesa de R$ 183,00 a cada semana.

O pedágio em São Paulo é tão caro, que fica mais barato viajar para outro Estado. De São Paulo até Curitiba (PR), através de uma rodovia federal, gasta-se R$ 9,00 em tarifas para percorrer 400 quilômetros. Já para ir de Americana a São Paulo, pouco mais de 120 quilômetros, o custo será de R$ 18,30 a partir do dia 1º de julho, ou seja, mais de 100% de diferença.

Essa disparidade está nos modelos de concessão de rodovias.

O governo do PSDB, em São Paulo, prioriza o montante que as empresas pagam para ganhar a concessão, a chamada outorga. Leva quem pagar mais ao Estado. Esse valor, posteriormente, é repassado aos motoristas.

Já o modelo de concessão colocadoem prática pelo governo Lula prioriza a menor tarifa. Vence quem ofertar o preço de pedágio mais baixo para o usuário. Essa é a grande diferença.

Nosso mandato, com apoio dos demais deputados paulistas, tem buscado formas de amenizar o impacto dos pedágios na vida do cidadão. Infelizmente, o governo Serra-Goldman tem vetado todas essas iniciativas. Foi assim, por exemplo, com a proposta de abater do IPVA os valores gastos com pedágio.

Encontra-se em tramitação outro projeto, que proíbe a cobrança de pedágio nas rodovias estaduais sem que seja oferecida via alternativa ao usuário. Vamos aprovar essa proposta na Assembleia, para que mais uma vez fique carimbado, na testa do governador, que ele é quem não quer reduzir o custo dos pedágios na vida do cidadão paulista.

Deputado Antonio Mentor
Líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo

Presidente Lula combate o preconceito

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Como Serra afundaria a economia brasileira

Direita, censura e o medo de Dilma Roussef



Os setores reacionários da direita odeiam saber que Dilma será, muito provavelmente, a próxima presidente do Brasil. Da mesma forma que caluniavam Lula, afirmando que se ele virasse presidente o país se tornaria uma república comunista, agora tentam fazer o mesmo terrorismo com a candidatura da ex-ministra da Casa Civil. Dizem que o PT quer implantar a censura contra a imprensa, mas nunca se venderam tantos jornais e revistas no país.
Quantas revistas foram apreendidas a mando do governo federal? Quantos jornalistas foram presos? O número de internautas também aumentou e nunca foi tão fácil adquirir um plano de banda larga.
É até engraçado ver setores da direita dizendo que Dilma vai censurar a imprensa, sendo que a mesma direita é a que sente saudades da ditadura militar, que apreendia jornal na banca, prendia e matava jornalista e fechava veículos de comunicação.
Em 1989 e até em 2002, afirmavam que os investidores sairiam do país e alegavam que o governo Lula transformaria o Brasil em uma república comunista com o Foro de São Paulo, dentre outras mentiras. Hoje, às vésperas da eleição, a direita vê que seu candidato José Serra se demonstrar um retumbante fracasso e precisa apelar para o discurso do medo e do terror.
Não podemos negar que existe o Foro de São Paulo, que reúne partidos de esquerda da América Latina. A direita, que não suporta ver debates democráticos na esquerda, inventa  mentiras sobre o PT e o Foro. Grupo que aliás fica na esfera da discussão teórica e ideológica e nunca atentou contra a democracia de nenhum país. As FARC de fato já dizeram parte do Foro, antes de infelizmente enveredarem pelo caminho da luta armada. Depois disso, em 2005, não foram mais convidados para o Foro.
O fato é que Dilma tem compromisso com a democracia e a liberdade de imprensa, pois assim como Lula, sabe que os jornais são importantes para o Brasil. Veículos como Folha de São Paulo, Veja e O Estado de S. Paulo tiveram total liberdade para criticar o governo do PT, mesmo que nem sempre as críticas foram justas.
Sendo assim, o discurso paranóico, reacionário e delirante da direita brasileira contra Dilma Roussef não passa de um eco de sua incompetência. A direita, após Fernando Henrique Cardoso, o PSDB e o DEM não foi capaz de apresentar uma candidatura à presidência que demonstrasse a viabilidade de suas idéias para melhorar o país. Então o que resta aos tristes direitistas é apresentar um candidato à vice-presidência como Índio da Costa, genro do banqueiro preso Cacciola, que afirma sandices do tipo " O PT apoia o narcotráfico".

Pobre direita. Sem discurso, sem propostas e sem futuro.

Programa de Dilma Roussef-24 de agosto



Temas:
Ensino técnico, creches e Prouni.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

PORQUE NÃO VOTO EM MARINA


Não voto em Marina Silva porque a sua própria candidatura foi arquitetada e insuflada por forças da oposição. Quando Marina deixou o Ministério do Meio Ambiente já tinha tudo planejado, antes disso ela já vinha sendo usada para minar o governo Lula.


E tudo por vaidade pessoal. É isso o que mais me espanta. Fiquei impressionado como a candidata foi capaz de colocar seu umbigo na frente dos objetivos que ela mesma defendeu ao longo de toda a sua trajetória. Seu fracasso à frente do Ministério do Meio Ambiente se deve somente a completa falta de habilidade política da candidata em administrar os imensos interesses que a pasta envolvia. Nem Dilma nem Lula foram os reponsáveis por sua derrocada. Mas, a vaidade é sempre muito grande.


Tratava-se de um rato escondido com o rabo de fora. Era um obstáculo a ser contornado, já que fundadora do PT e amiga do presidente Lula. Ao que parece, Lula, que mesmo tendo muito apreço pessoal por Marina, mas não é nada bobo, observava sua atuação de ministra e sua ação política, mas não via a mínima condição de que chegasse onde desejava que era a presidência, porque fraca, muito fraca, e a levou a pedir demissão. O Minc em pouco tempo resolveu tudo a contento, com pouco desgaste pessoal e para o governo. Na realidade uma traíra como diz o povão. Muito dificilmente pontuará 10% na eleição. A oposição joga dinheiro fora com sua candidatura. Não dividirá o eleitorado de Dilma. Se estiver sendo usada para garantir um segundo turno, o esforço será inútil. Se dividir, divide o eleitorado de Serra, porque tem uma ação muito mais palatável para esses.


Marina Silva ouviu um canto de sereia e foi atrás. Ela, como mulher, foi escolhida para se contrapor à candidatura Dilma. Claro que a direita vai tentar inflar sua candidatura para colocá-la no 2º turno contra Serra e aí, detoná-la. Já fizeram isso antes. Em 1989, a candidatura Lula foi inflada para tirar Leonel Brizola do segundo turno. Depois, foi o que se viu. E mais: nunca vi político deixando um partido elogiando-o. Algum interesse aí foi contrariado. Na maioria das vezes, do político.


Para completar, não voto em Marina porque além de dela ser apenas um joguete nas maõs da oposição, o seu partido o PV, tem como líderes um latifundiário filho do José Sarney, e agora o vice de 2 bilhões de dóllares Guilherme Leal também está sendo multado pelo Ibama por desmatamento de área de 4 hectares, quando sua licença só era para 0,48 hectares.
Marina seria um fracasso como presidente, não teria base governista, seria apenas um fantoche. Uma próxima Collor, um fracasso.

Fonte.


Só para completar, não voto em Marina Silva porque ela é uma fanática religiosa, inimiga da ciência e acredita que cristãos valem mais do que ateus.

Dilma não foi ao debate na Canção Nova. O que ela perdeu? Nada.



Ontem, no canal católico Canção Nova, estiveram presentes os candidatos José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda (PSOL).
Dilma não perdeu nada, em um debate enviesado onde se falaram vários absurdos. Logo na primeira pergunta, foi inquirido se é importante para um presidente acreditar em Deus. Esta pergunta por si só é um desrespeito à todos os ateus e agnósticos. Nas entrelinhas, perpetua todo o preconceito já existente: o de que cristãos são melhores e mais morais que ateus, que quem não acredita na existência de Deus não pode ocupar um cargo público etc.

Eis o que Serra e Marina falaram:


22h18 – “Eu acho bom que o presidente da República acredite em Deus”, diz Serra ao responder a primeira pergunta do debate, sobre a necessidade, ou não, da crença em Deus pelo presidente brasileiro. “Eu acredito que a religião e a crença em Deus nos aproxima nos valores”, diz o tucano. “Eu vejo a vida publica assim. Eu estou na vida publica não pra curtir as benesses do poder, mas para cuidar das pessoas.



22h23 – “Eu sempre digo que é fundamental que as pessoas compareçam a todos os debates”, diz Marina. Para ela, “do ponto de vista do Estado laico não (é importante acreidar em Deus)”. Mas ela ressalva que para um governante é altamente valoroso acreditar em um ser superior. “É um delta a mais”, diz. E completa: “Deus é generoso até com quem não acredita nele”.



Para os dois candidatos, um presidente cristão é melhor que um presidente ateu. Para eles, deve ser mais moral também. Isto é absurdo, mentiroso e falacioso. O importante é que o presidente cumpra as regras, ajude a população e respeite as leis do país. Acreditar em Deus, ao contrário do que disse a evangélica Marina, não é um delta a mais ou a menos. É irrelevante para o exercício do cargo. Crença em Deus também não necessariamente aproxima de valores, basta ver os inúmeros pastores que acreditam em Deus e exploram as pessoas humildes, os bandidos que acreditam em uma divindade e mesmo assim cometem crimes e as pessoas cristãs comuns, que acreditam e mesmo assim possuem seus erros. A crença no "divino" não garante que uma pessoa seja melhor ou pior.



Ao falar sobre o combate à Aids, Serra não comentou nada sobre a distribuição de camisinhas, que é tão importante e ele sabe disto. Isso é o mais estranho: Não falar NADA sobre camisinha, quando o tema é combate à aids. Seja por demagogia ou hipocrisia diante daquele público, ele até defendeu que o governo pregue a castidade e a monogamia. Só faltou dizer que em seu governo o sexo vai ser incentivado apenas no casamento:


22h53 – “É fundamental que tenhamos campanhas de transmissão”, diz Marina ao comentar a resposta de Serra. “Essa é uma opção que as pessoas podem fazer, e que a fé as famílias podem orientar”, continua. “A minha posição vai ser sempre à favor da vida.” Na sua tréplica, Serra volta ao programa anti-Aids criado durante sua passagem pelo Ministério da Saúde. Marina encerra sua posição sobre o assunto.
22h53 – Perguntado sobre se concorda com a castidade como meio de controlar as DSTs, Serra lembra seu trabalho de prevenção no Ministério da Saúde para controlar as DSTs e a Aids. Serra diz que vai continuar trabalhando contra o sexo precoce e pelo monoganismo.



Será que Serra estava com medo de perder alguns votinhos de católicos retrógrados e medievais? Ou estava com medo de levar uma vaia dos bispos?

Apesar de tudo, registre-se a coragem e a honestidade de Plínio de Arruda Sampaio, quando ele declarou que condena o preconceito contra os homossexuais e que apesar de ter a fé cristã, jamais poderia deixar que esta fosse imposta às decisões do estado. Aliás, havia sido feita uma pergunta maliciosa, quando o jornalista praticamente pediu para que os candidatos condenassem a lei que vai criminalizar a homofobia. Ele também foi bem ao falar que é contra a ostentação de símbolos religiosos em repartições públicas. "A igreja não deve insistir em colocar símbolos religiosos em lugares públicos porque eles são de todos", afirmou.

Trecho interessante:


22h49 – Na réplica, Marina continua sua resposta. “Quem é que protege a vida que está ali?”, questiona a candidata em reação às asserções de Plínio, que citou as mortes de mulheres que interrompem a gravidez de forma ilegal. Marina diz que o que está em debate é a vida das “100 mil mulheres” e também a vida que são ceifadas com essas 100 mil mulheres”. “Acho que o debate deve fazer o debate, com transparência, e eu jamais vou deixar de colocar o meu ponto de vista.”
22h47 – Plínio opta por ler sua posição sobre o aborto. Ele diz ser pessoalmente contra o aborto, mas argumenta que o aborto é uma questão de saúde público.
22h46 – Marina é perguntada sobre o aborto. “Sou contra o aborto. O problema é que essa é uma questão filosófica, moral e também política. Precisamos debater o assunto. O Congresso pode decidir o assunto sem debater com a sociedade. É por isso que eu defendo o debate, para que aqueles que como eu tem uma posição contrária e aqueles que tem uma opinião a favor.”
22h45 - Serra fecha o bloco da pergunta: “Que uma religião não aceite a pratica do homossexualismo é uma coisa. Outra é a questão social, a pratica da violência.”
22h41 - “Eu acredito que a questão da preferência sexual não pode ser objeto de discriminação”, diz Serra, que concorda com Plínio quanto a liberdade dos religiosos em pregarem contra o homossexualismo.
22h43 – Réplica de Plínio: “o princípio de que não se deve humilhar uma pessoa por causa de sua opção sexual. Nenhum de vocês duvida da minha fé. Tenho 60 anos de militância. Se houver uma restrição para que qualquer religião critique (o homossexualismo), sou contra”, afirma o candidato socialista”
22h40 – Jornalista Rafael Leal, da Canção Nova, pergunta para Plínio sobre projeto de lei que pretende criminalizar a homofobia. “Já me manifestei favoravelmente. Sou contra toda e qualquer forma de discriminação. Eu não aceito que nós cristão não possamos dizer que isto é um erro. Agora, a pessoa não pode ser humilhada por causa das suas opções”, responde Plínio.


O jornal "Estado de São Paulo" publicou o resumo do debate aqui.

No mais, este debate foi realizado com um propósito: Demonstrar que não importa quem vencer a eleição, a Canção Nova e a Igreja Católica vão querer continuar dando palpites nas decisões do estado laico.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Com 13 anos de atraso, humoristas protestam contra entulho autoritário criado por FHC para se reeleger


Corria o ano de 1997, FHC era presidente, surfando no populismo dos déficits fiscais e cambiais do plano real, que quebrou o Brasil no ano seguinte. 

Com apoio da Globo, Veja, Estadão e Folha, planejou meticulosamente sua própria reeleição.

A emenda da reeleição foi a maior batalha e o maior escândalo, mas não foi a única para reeleger o demo-tucano. 

Era preciso encurtar a campanha eleitoral na TV, para reduzir o período de exposição a críticas da oposição. Era preciso aplicar uma mordaça aos poucos dissidentes da imprensa que ousassem satirizar a imagem do "príncipe dos sociólogos". Era preciso "melar" os debates na TV.

Para isso foi criada, sob medida para reeleger FHC, a Lei 9504, de 30 de setembro de 1997, um ano antes das eleições.

Durante estes 13 anos, a lei nunca incomodou os donos de jornais e TVs e seus humoristas demo-tucanos. Eles se encarregavam de não fazer charges, nem humorismo forte contra FHC, a ponto de prejudicar sua reeleição, nem de serem multados pelo TSE. 

Nas eleições de 2002 e 2006, o TSE era extremamente liberal, e os donos da imprensa puderam fazer o quiseram com a imagem de Lula, sem que o TSE e o MPE os incomodasse.

Agora a própria oposição judicializou a política. Acreditando que Serra realmente manteria a dianteira na frente das pesquisas, interessava interditar o debate político no judiciário, para fazer uma campanha silenciosa, travada.

A própria oposição submeteu o TSE aos rigores da lei 9504, processando por propaganda subliminar até a sombra do presidente Lula.

Até blogueiros, como nós, viramos alvo de perseguição, como se blogs fossem mero espaço para anunciantes.

O TSE passou a seguir a Lei 9504 com um rigor excessivo, e nela existe o artigo 45:

Art. 45. A partir de 1º de julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:
...
II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito;
...
V - veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos;


Após 13 anos da lei em vigor, só quando Dilma ultrapassou Serra, e passou a ser a candidata alvo para ser depreciada pelas charges, novelas e programas humorísticos, na forma de propaganda subliminar negativa, "descobriram" que a lei criada para reeleger FHC "censura o humor" e "é inconstitucional".

É bom que o Congresso mude a lei eleitoral, após as eleições, para acabar com excessos e regulamentar o que se entende exatamente por "propaganda subliminar", mas é bom também que se dê nome aos bois de quem criou esse entulho autoritário, que tudo multa, e que quis exercer "controle sobre a imprensa" e sobre o humor, para sua própria reeleição: foi FHC e sua turma, incluindo José Serra, Alckmin, Jereissati, Agripino, Arthur Vigilio, Cesar Maia, e toda essa turma demo-tucana.

Humoristas famosos da Rede Globo e outros canais, só agora que Serra está atrás nas pesquisas, fizeram um protesto em frente ao Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, contra a lei.

Só erraram de endereço. Deveriam tê-lo feito em frente às sedes do PSDB, do DEMos, em frente ao apartamento de César Maia (DEMos), do vice do ex-Gabeira, da mansão de José Serra (PSDB/SP) em Pinheiros, do apartamento de FHC em Higienópolis.


Fonte.



Comentários: 

Engraçado, por que não reclamaram na época do FHC? Resolveram politizar a questão justamente agora, com Dilma na frente das pesquisas. Um dos idealizadores desta marchinha, no melhor estilo arrogante e desonesto do "Cansei" é Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta. Ele já participou das reuniões do Instituto Millenium , onde direitistas com pouca honestidade fazem críticas descabidas ao governo Lula.  Sendo assim, o protesto não faz sentido, pois é claramente uma ferramenta para direita para tentar atribuir ao PT algo que ele nada tem a ver.
Vejam o festival de desonestidades de Marcelo Madureira, onde ele faz várias críticas mentirosas e desonestas ao governo Lula. Este vídeo mostra como este tipo de protesto travestido de luta pela liberdade não passa de politicagem barata feita por pseudo-humoristas sem nenhuma graça, como também faz Marcelo Tas, do CQC. Tas, que comumente é visto em reuniões do DEM, também costuma fazer ataques preconceituosos e mentirosos contra o presidente Lula, como quando fez um livreco destilando preconceito contra ele.
Enfim, o vídeo:





Coisas que eu vejo por aí...

Modelinhos das naves da série Jornada nas Estrelas, em uma loja no Bairro da Liberdade, em São Paulo:

Se você é bonzinho ou boazinha, dê uma moedinha para a campanha do Serra

PT: o dobro de doações de toda a coligação de Serra



Partido já recebeu R$ 43,7 mi de empresas até julho, contra R$ 19,4 mi das seis legendas da coalizão tucana

Valor arrecadado até agora é 1.500% maior do que a campanha de Lula captou em 2006, no mesmo período

Breno Costa

Além de liderar com folga a corrida presidencial, segundo o último Datafolha, a candidata Dilma Rousseff (PT) conta com um fluxo recorde de doações para o seu partido, em contraste com a campanha do adversário José Serra (PSDB).

As doações recebidas este ano pelo Diretório Nacional do PT já representam o dobro dos recursos arrecadados por todos os seis partidos da coligação do tucano.

A falta de recursos, inclusive, tem sido motivo de reclamação de aliados de Serra nos Estados.

De janeiro até 31 de julho, o Diretório Nacional do PT recebeu R$ 43,7 milhões em doações, quase a totalidade de empresas.

No total, PSDB, DEM, PPS, PTB, PMN e PT do B arrecadaram R$ 19,4 milhões no mesmo período.

A conta não inclui as doações recebidas pelos tucanos em julho, porque ainda não foram processadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Folha de São Paulo

Comentários:
Este é o retrato de uma campanha de José Serra. Antigamente, os tucanos e os democratas sempre recebiam grandes doações da indústria e dos bancos. Atualmente, nem isto. Quem vai querer doar dinheiro para um candidato que não tem nem apoio dos candidatos a governador do seu partido e que está cada vez mais sendo abandonado pelos aliados?

domingo, 22 de agosto de 2010

Serra erra até em propaganda sobre o crack

Texto de ontem, do "Amigos do presidente Lula":

Serra repetiu sua propaganda picareta na TV, hoje à tarde, pirateando a imagem de Lula e aderindo ao "lulo-petismo". Mas, deixando a ironia e a picaretagem de lado, percebe-se que a propaganda de Serra está com dificuldades de encontrar um discurso minimamente consistente até em assuntos unânimes. Está improvisando, e mal. Errou até na abordagem sobre o crack.

É louvável a preocupação, e Dilma também já abordou o tema, mas a forma de Serra apresentar o assunto não agrada nem quem lida com o problema.

A droga não é um problema a ser resolvido por um cavaleiro solitário, o super-Serra, como ele se mostrou na propaganda.

A maioria dos pais e mães, mesmo convivendo diariamente com seus filhos, só ficam sabendo de envolvimento deles com drogas depois que acontece. Como o super-Serra, isolado em Brasília, será onipresente na vida de todos?

Combater o crack precisa do envolvimento de todos que se consiga mobilizar, e não do isolamento de Serra, dizendo: "deixa comigo".

Precisa da família, da escola, da rede de saúde, das igrejas e missionários, das pastorais da sobriedade, dos centros terapêuticos, dos grupos Narcóticos Anônimos, dos movimentos sociais, da polícia, das guardas municipais, da política, dos governos federal, estadual e municipal.

Um candidato a presidente que criminaliza movimentos sociais, que não dialoga com a sociedade, que é contra conferências nacionais, que pouco fala até com seus correligionários, é a pessoa menos indicada para liderar qualquer campanha contra o crack.

O marqueteiro de Serra começou até bem ao pegar o gancho do programa da AIDS para estabelecer um paralelo com o crack (pecou por mentir, ao dizer que a autoria é de Serra, porque quem fez o programa foi Lair Guerra e Adib Jatene. Serra o encontrou pronto). A idéia é válida e o governo Lula já faz isso com o Programa Nacional de Combate ao Crack.

Mas vindo de Serra, por que ele não gastou o dinheiro dos anúncios da Sabesp e do Rodoanel em campanha contra o crack?

Por que em vez de colocar polícia para bater em professores, não a colocou para vigiar escolas, dissuadindo o tráfico?

Porque não tratou a contento a crocolândia de São Paulo, que tinha nome e endereço conhecido durante anos, no centro de São Paulo, em vez de deixá-la espalhar por toda a cidade, por todo o estado e por todo o Brasil?

Serra, quando pôde resolver o problema da cracolândia, não fez. Agora é tarde para ficar prometendo fazer, em Brasília, o que não fez quando estava bem ali do lado em São Paulo, como prefeito e governador.