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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Promotoria denuncia Tiririca à Justiça por falsidade ideológica


O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça o candidato Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, por falsidade ideológica.

Em entrevista concedida à revista "Veja", o humorista afirmou que declarou ao TSE não possuir nenhum bem, pois teria colocado todo o seu patrimônio em nome de terceiros, depois de responder a processos trabalhistas de sua ex-mulher.

O promotor eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Tiririca, assim como cópias de processos contra ele que tramitam em segredo de Justiça no Ceará.

Pela mesmo entrevista e pelo mesmo motivo, a Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo --órgão do Ministério Público Federal-- encaminhou ofício à Justiça Eleitoral no último dia 10 para adoção das medidas cabíveis contra possível crime eleitoral cometido por Tiririca.
iririca é candidato a deputado federal pelo PR em São Paulo. Entre suas propostas, pretende atender o povo do nordeste, que segundo ele, é muito discriminado. Também quer criar incentivos para artistas de circo. Na educação, quer incluir nas escolas atividades como artesanato, canto e costura.

Tiririca tem forte ligação com sua mãe, que incentiva a sua candidatura. Foi ela quem lhe deu o apelido pelo qual se tornou conhecido.

Embora diga no horário eleitoral gratuito que, se eleito, pretende ajudar "inclusive" sua família, Tiririca já foi destaque de páginas policiais em um caso violência doméstica. Em 1998, o palhaço foi levado de camburão à 6º Delegacia Seccional de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, acusado de agredir a tapas Rogéria Mariano da Silva, sua mulher. Mais tarde, ela retirou a queixa.
Folha de São Paulo

Repito o que publiquei no dia 28 de agosto:


"Apesar de fazer parte da coligação que eu apoio, penso que a candidatura de Tiririca é um total desrespeito com o povo. É inaceitável que um candidato não saiba o que faz um deputado federal. Provavelmente existem outros na mesma condição, mas falar isto no horário eleitoral em tom de deboche é patético e irritante. Quem votar em Tiririca estará assinando seu atestado de analfabetismo político. Uma pessoa não pode ser eleita para apenas descobrir o que fará no cargo quando chegar no Congresso.




Um deputado elabora leis, fiscaliza o presidente da república, envia emendas do orçamento da União para sua cidade ou região etc. Um candidato também tem a obrigação de saber quanto custa sua campanha, os princípios do partido o qual ele está filiado, saber quais projetos de lei pretende defender e o mais importante: deveria ser proibido que se apresentasse no horário eleitoral com apelidos. Precisamos votar em pessoas de verdade e não personagens completamente sem-graça. Esta crítica vale para todos os que se apresentam com apelidos pseudo-engraçados.
O candidato que se apresenta sem mostrar seu nome quer desvalorizar e desrespeita o eleitor completamente, além de se esconder atrás de um pseudônimo. O pior é que se ele for eleito, através do quociente eleitoral vai levar outros pequenos candidatos, desconhecidos e anônimos e que foram pessimamente votados. Se alguém pensa em votar nele como forma de protesto, é melhor anular o voto."

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