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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Terapia contínua para câncer linfático eleva sobrevida

O tratamento contínuo do mieloma (câncer linfático), mesmo na fase assintomática, aumenta o tempo de vida sem progressão da doença.

A conclusão é de estudos apresentados no congresso da Sociedade Americana de Hematologia, encerrado anteontem, em Orlando (EUA).

"Isso deve mudar a recomendação de tratamento", disse o oncologista Brian Durie, diretor da Fundação Internacional de Mieloma.

Hoje, a regra para pacientes sem sintomas é "esperar e observar" até a doença progredir. O mieloma ataca as células da medula óssea, prejudicando o sistema de defesa do organismo.

Para Antonio Palumbo, onco-hematologista da Universidade de Turim (Itália), as novas drogas para câncer, que apresentam menos efeitos colaterais, permitem o tratamento contínuo.

"Não dava para pensar em uso continuado com uma quimioterapia agressiva. Hoje, temos tratamentos mais bem tolerados e que reduziram em mais de 50% o risco de progressão do mieloma."

Palumbo apresentou em Orlando resultados de um trabalho em que 511 pacientes receberam tratamento contínuo com uma combinação de drogas (carfelzomibe ou bortezomib, que são remédios biológicos, e a lenalidomida, que é uma evolução da talidomida).

A terapia diminuiu em 55% a progressão do mieloma. "Antes, o prognóstico de sobrevida era de menos de quatro anos. Com o tratamento contínuo, estamos vendo pacientes viverem nove ou mais anos", diz Durie.

Folha

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