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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Mesmo sem protesto, Alckmin repreende tucano que convocou militantes

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou neste sábado o tom do e-mail convocando mais de 800 militantes do PSDB para defendê-lo de eventuais protestos em evento realizado nesta manhã.

O tucano Edson Marques, membro da executiva municipal do PSDB, disparou ontem um e-mail instando os militantes do partido a reagir com violência a possíveis ações agressivas de manifestantes.

Apesar da expectativa de que haveria um protesto contra o governador, nenhum manifestante compareceu ao evento, que transcorreu com tranquilidade.

Alckmin esteve nesta manhã no Parque Ecológico do Tietê, na zona leste de São Paulo, onde foi dado início às obras de implantação do Jardim Metropolitano, que margeará 15 km do rio Tietê.

Cerca de cinquenta pessoas acompanharam Alckmin, entre simpatizantes, jornalistas e assessores.
"Vamos todos para lá, tucanada. Bateu, levou e não tem conversa", diz Edson Marques no e-mail.

Segundo Alckmin, a iniciativa foi repreendida. "Não há nenhuma necessidade disso. Nenhuma, nenhuma, nenhuma. Acho que talvez até a intenção seja de solidariedade, mas não há nenhuma necessidade e já foi chamada a atenção dele", afirmou o governador.

Presidente do PSDB-SP, Julio Semeghini já havia condenado ontem o e-mail. "É uma manifestação pessoal. Não representa a direção tucana. Defendemos a democracia e não queremos nenhum conflito", disse.

"O pessoal do UFC [campeonato de lutas] não veio", brincou o deputado federal e pré-candidato a prefeito Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que compareceu ao evento.

O governo estadual e a Prefeitura de São Paulo têm sido alvo de protestos contra as ações de remoção das famílias de Pinheirinho, de repressão ao tráfico e ao uso de drogas na cracolândia e ao policiamento na USP

Desde o início dos protestos, Alckmin tem evitado agendas públicas na capital. Como a Folha mostrou na última terça-feira, ele deixou de ir a dois eventos pois sua assessoria identificou antecipadamente as manifestações.

Houve, no entanto, uma determinação do núcleo político do governo de coordenar uma demonstração de apoio ao governador.

A operação começou anteontem, quando Alckmin foi a duas grandes agendas públicas, ambas fora da capital.


Comentário do Celso:
Essas atitudes realmente correspondem à imagem do tópico.

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