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sábado, 3 de agosto de 2013

Resenha do filme "Círculo de fogo (Pacific Rim)"



Guilhermo del Toro é um diretor que sabe aproveitar várias ideias, bebendo em várias fontes e fazer um bom filme.  Referências à "Transformers", "Godzilla" (e todos os seriados japoneses com batalhas entre robôs e monstros), "Independence Day" e "Avatar" não faltam. 

A história centra-se no fato de que estranhos monstros, apelidados de Kaijus, começam a surgir na Terra, vindo de uma fenda entre placas tectônicas no pacífico. A humanidade então desenvolve uma maneira de combatê-los com robôs gigantes, chamados de "Jaegers". Estes são comandados através de conexões neurais por pilotos. Raleigh (Charlie Hunnan) é um deles, mas entra em crise quando perde seu irmão em batalha contra um Kaiju. Ele então vai trabalhar na construção de grandes muros de contenção contra monstros quando é convocado pelo comandante Pentecost (Idris Elba), para voltar à ativa contra os monstros, que passaram a atacar com mais frequência e parecem estar evoluindo.

Já em Hong Kong, em uma grande base de Jaegers, Raleigh conhece Mako (Rinko Kikuchi), que torna-se sua co-piloto nas principais ações da trama contra os invasores. Há toda uma frota de robôs, além de um treinamento complexo envolvendo artes marciais para todos os pilotos, de diversas partes do mundo, que irão comandá-los.


A película alterna bem as cenas de batalha como alguns momentos de humor, como quando o cãozinho Max, de um dos pilotos, circula livremente entre todo o maquinário da base dos robôs ou com a dupla de cientistas loucos Geiszler (Charlie Day) e Gottileb (Burn Gorman), que vão aos poucos descobrindo quais as intenções dos monstros e de onde eles vieram, realizando conexões neurais com partes dos cérebros deles coletadas (!).
Hannibal Chau (Ron Perlman) é um comerciante de órgãos de Kaijus bastante estiloso e com um humor típico dos personagens de seu intérprete, estando presente na maioria dos momentos mais engraçados, com um toque de gângster.


As cenas que lembram os velhos tokusatsus japoneses são as melhores, mas também há doses de drama bem humano quando Mako lembra de seus traumas, por ter testemunhado um ataque de monstros ou quando Raleigh lembra de quando perdeu o irmão em uma batalha no oceano.

A trama em si não é confusa e a trilha sonora de Ramin Djawadi (que também compôs a do "Homem de Ferro") se encaixa bem às cenas de batalha, sempre grandiosas e exageradas como deve ser em um filme de monstros gigantes contra robôs.

Não há como não lembrar de séries como "Jaspion" e "Changeman" quando os monstros atacam Hong Kong, destruindo vários prédios e apavorando a população.

O filme agrada tanto fãs tradicionais do gênero quanto os que apenas querem se divertir com um bom entretenimento no final de semana. Nota 9,0.


Trailer:


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