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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Exame de sangue pode ser base para novo diagnóstico de câncer



Pesquisadores americanos estão testando uma potencial inovação: em vez de cortar um pedaço do tumor para fazer a biópsia do câncer, um exame de sangue promete encontrar pequenos trechos do DNA do câncer no sangue do paciente.

A expectativa é que o teste — muito menos oneroso que a biópsia tradicional ou a tomografia computadorizada — permitirá oncologistas a concluir rapidamente a eficácia do tratamento e uma forma de monitorá-lo, caso o câncer desenvolva uma resistência. Neste caso, o tratamento poderia ser abandonado rapidamente, poupando os pacientes de efeitos colaterais e permitindo que os médicos testem alternativas.



— Isso pode mudar definitivamente a forma como monitoramos a resposta aos tratamentos, assim como a possibilidade de resistência a eles. E, no futuro, também pode ser usado para o diagnóstico precoce — disse José Baselga, diretor médico do Centro de Câncer Memorial Sloan Kettering, em Nova York.




Os pesquisadores, no entanto, ressaltam que ainda é necessário averiguar a precisão e a confiabilidade do novo teste. Até agora, poucos estudos foram realizados e apenas para alguns tipos de câncer, como os de pulmão e cólon. Mas os resultados preliminares são animadores. Um estudo do Instituto Nacional do Câncer dos EUA publicado este mês na revista “The Lancet Oncology”, envolvendo 126 pacientes com o tipo mais comum de linfoma, descobriu que o teste indicou a recorrência da doença mais de três meses antes da tomografia computadorizada. A biópsia líquida também identificou pacientes que provavelmente não responderiam às terapias.

Entre os resultados bem sucedidos está o da professora Mary Susan Sabini, da cidade de Gardiner, no estado de Nova York. Seu câncer de pulmão resistiu a duas tentativas de quimioterapia . Os médicos no Centro de Sloan Kettering identificaram o DNA do câncer em seu sangue quando ela começou a tomar uma droga experimental em outubro.

Quatro dias depois, os fragmentos de DNA do câncer haviam desaparecido, o que seria um sinal de que o tratamento estava funcionando. Após alguns meses, ela passou por uma tomografia computadorizada, que confirmou o encolhimento do tumor.



— Cada câncer tem uma mutação que pode ser acompanhada por este método — explicou David Hyman, o oncologista de Sloan Kettering que está conduzindo o estudo da droga experimental de Mary Susan.

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